Crescimento
As festas começaram a surgir. Primeiro, no próprio bairro de Periperi, onde morava. Festas de largo, eventos para políticos... “E, aí, fui melhorando, prosperando, e não deu outra: o Tapajós começou a aparecer em todos os lugares”.
A ascensão do trio Tapajós coincide justamente com o período em que Dodô e Osmar ficaram fora do Carnaval de Salvador. Na época, o sogro de Osmar Macêdo, seu Armando, faleceu. O sogro sempre tinha sido um dos maiores apoiadores do trio elétrico e, desgostoso, Osmar preferiu se afastar.
O Tapajós, então, foi o primeiro trio elétrico a percorrer o Brasil. Esteve em grandes eventos – que vão desde o Círio de Nazaré, em Belém (PA), até na abertura do Carnaval do Rio de Janeiro, antes mesmo das escolas de samba. “Quando chegamos, eles não sabiam o que era trio e mandaram a gente ir na frente. Eu saí tocando e o povo enlouqueceu. Depois disso, o pessoal das escolas de samba nunca mais deixou o trio sair lá”, diz ele, aos risos.
No currículo do Tapajós, há desde a Festa da Uva, no Rio Grande do Sul, até o Festival Internacional da Canção. Estiveram presentes até mesmo na inauguração da TV a Cores e no primeiro campeonato mundial do Flamengo. “Levei um ônibus cheio de artistas para tocar na Lagoa. Capoeiristas, Paulinho Camafeu... Todo mundo para tocar o Carnaval”. Para completar, foi o primeiro trio a gravar um LP.