A prisão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi considerada justa por 54% dos eleitores consultados na mais recente pesquisa Datafolha, divulgada no início da madrugada deste domingo. Em contrapartida, 40% dos entrevistados pelo instituto acharam a detenção do petista injusta. Outros 6% não opinaram.
Apesar da maioria considerar justa a prisão de Lula, os eleitores estão divididos com relação ao petista disputar ou não as eleições presidenciais de outubro deste ano. De acordo com a mostra, 50% avaliam que o ex-presidente deveria ser vetado de participar da corrida presidencial e 48% acham que não deveria haver impedimento. A diferença está dentro da margem de erro, que é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Pela mostra, os que consideraram justa a prisão do petista são, em sua maioria, homens, com maior taxa de escolaridade, maior média de salário e morador das regiões Sudeste, Sul ou Centro-Oeste. A porcentagem chega a 71% entre os mais escolarizados. Já os que acham a prisão injusta são mais pobres, das regiões Norte e Nordeste e, entre os menos escolarizados, o índice chega a 51%.
Preso, Lula ocupa primeiro lugar em pesquisa para eleições do Instituto Datafolha
A nova pesquisa Datafolha, que foi feita entre quarta, 11, e sexta-feira, 13, teve como base 4.194 entrevistas em 227 municípios. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob número BR-08510/2018.
Apesar de estar preso em Curitiba, Lula aparece com o maior percentual de intenções de votos nas eleições de 2018, em uma pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, neste domingo (15). Em um cenário sem Temer, e com um candidato do MBL, ele aparece com 31%.
Em segundo lugar, aparece o deputado Jair Bolsonaro (PSL), com 15%; Marina Silva (Rede), com 10%, Joaquim Barbosa (PSB), 8%; Geraldo Alckmin (PSDB), 6%, e Ciro Gomes com 5%. Completam o cenário, Alvaro Dias (Podemos): 3%; Manuela D’Ávila (PC do B): 2%; Fernando Collor de Mello (PTC): 1%; Rodrigo Maia (DEM): 1%; Henrique Meirelles (MDB): 1%; e Flávio Rocha (PRB): 1%.
Estadão Conteudo/Correio