A terça-feira (3), véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal (STF), será marcada por protestos. Grupos contrários ao petista planejam manifestações em mais de 100 cidades brasileiras.
Os movimentos querem pressionar a Corte, que na quarta (4) decidirá se Lula vai para a cadeia ou continua em liberdade. Em janeiro, o ex-presidente foi condenado, em segunda instância, a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O atual entendimento do Supremo permite o cumprimento de pena em regime fechado após decisão colegiada. Por isso, dependendo do parecer, o STF pode abrir precedente para que seja alterado o entendimento sobre quando podem ser feitas as prisões.
Os atos a favor da prisão de Lula são organizados pelos movimentos Brasil Livre (MBL) e Vem pra Rua (VPR). Segundo as entidades, o ex-presidente não pode ser tratado de forma diferente de outros condenados.
Ao convocar o protesto, Kim Kataguiri, coordenador nacional do MBL, disse que a população precisa agir para evitar uma possível decisão política da Suprema Corte.
“A população não pode aceitar mais esse escárnio que coloca acima da lei uma pessoa, simplesmente por ele ser ex-presidente da República e porque senadores e deputados estão pressionando todos os dias os ministros do Supremo. Em reação, vamos às ruas em todo Brasil. Precisamos mais uma vez tomar as ruas para pautar a política e impedir que o maior criminoso da história do país saia livre de toda essa história”.
A expectativa dos movimentos é de que as manifestações ocorram em cidades de, pelo menos, 20 estados brasileiros. Além disso, o VPR informou que realizará protestos em outros países, como Estados Unidos, Inglaterra, Itália e Chile.
O mapa com as cidades e locais onde ocorrerão os protestos pode ser encontrado nas páginas do MBL e do Vem pra Rua no Facebook. As principais concentrações serão em São Paulo, na Avenida Paulista, às 19h e, no mesmo horário, em Brasília, na Esplanada dos Ministérios.