O governador Rui Costa se posicionou sobre a greve nacional dos caminhoneiros, por meio das redes sociais, na manhã de sábado (26). No vídeo publicado integralmente no Facebook, o governador declarou apoio a manifestações por um Brasil melhor, mas pediu a cooperação de todos para que a oferta de serviços essenciais à população não sejam interrompidos. “Como cidadão brasileiro, eu respeito, apoio e me solidarizo como todos os que se manifestam, legitimamente, por um país melhor. No entanto, como governador da Bahia, eu tenho que garantir que não haja um colapso dos serviços públicos. É meu dever garantir a segurança da população e outros serviços essenciais à vida”, afirmou Rui Costa.
Na manhã de sábado, em Chorrochó, onde cumpria agenda de trabalho, o chefe do executivo baiano falou ao CN que vai usar a Polícia Militar, caso necessário, para que não aconteça o que chamou de colapso dos serviços públicos – Ouça
A visita de Rui a Chorrochó foi para entregar um sistema de abastecimento de água e autorizou a implantação de um sistema de esgotamento sanitário, além de participar da inauguração do novo prédio do Samu e do Calçadão da Saúde.
A intensa agenda do governador vem se mantendo mesmo com toda repercussão da greve, o que serviu de critica pelo deputado estadual Alan Sanches. Em nota divulgada na imprensa também no sábado ele afirma que Rui mantém agenda de inaugurações, mesmo em meio a todo crise instalada no país. No quinto dia de greve dos caminhoneiros, cujas conseqüências vão desde hospitais com falta de medicamentos; supermercados desabastecidos; postos de combustíveis sem etanol, gasolina e diesel; vôos cancelados; entre outros que atingem em cheio a Bahia, o governador Rui Costa que sequer montou um plano de contingências para suprir as necessidades dos baianos, manteve sua agenda de inaugurações.
“Ele (Rui Costa), infelizmente, como sempre, com vistas nas eleições, manteve sua agenda de inaugurações e visitando os municípios de Nova Viçosa, Chorrochó e Teixeira de Freitas, onde entregou unidades de segurança e viaturas e obras de abastecimento de água, ações que nesse momento não acrescentam em nada diante do sofrimento que a população enfrenta.”, destacou o parlamentar, ex-integrante da base do governo, hoje um dos líderes da oposição na ALBA.
“A única coisa que ele soube fazer até agora foi se negar a discutir qualquer possibilidade de redução do ICMS da gasolina, o maior do país, mesmo que essa fosse uma forma de ajudar a solucionar o impasse e ainda se declarou contrário a retirada da cobrança do Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) já sacramentada no Congresso, prometendo ainda entrar com ação no Supremo Tribunal Federal, o que só comprova que ele está olhando para o próprio umbigo diante de uma nação em crise, cuja Força Nacional já foi até convocada para atuar”, critica Sanches.
Redação CN