Uma multidão, na maioria pessoas moradoras do município de Queimadas, assistiu na manhã do último domingo dia 27, a passagem do cortejo cultural da 48ª Lavagem na cidade de Queimadas, município localizado no território do sisal. Esta festa acontece sempre no último domingo do mês de maio, dando início às festividades da trezena de Santo Antônio das Queimadas.
O cortejo – Criada em janeiro de 1925, a centenária Filarmônica Recreio Queimadense, abriu o cortejo. A Filarmônica marcou época na crônica musical do Município pela brilhante atuação que teve durante o primeiro período de sua existência e depois de muitos anos de sucesso, a banda voltou à atividade. Nos anos 1980, participou da vida social de Queimadas e das cidades vizinhas, onde comparecia quando convidada, para abrilhantar festas religiosas populares “e não podia ficar fora desta festa, à maior do município”, falou o maestro Ionei da Silva Matos – Ouça
Integrantes da Associação Ambiental Comunitária de Eco Patrulha e Serviços Sociais Voluntários e Beneficentes de Queimadas (AACEP), uma instituição socioambiental de caráter filantrópico, recreativo, cultural e educativo que tem como objetivo a prestação de serviço comunitário, realizar missões humanitárias e agrupar jovens em atividades ao ar livre, vieram em seguida. Aslan Santos, um dos coordenadores deste movimento falou ao Calila News sobre a presença no cortejo – Ouça
O desportista Robson José comandava a ala dos adolescentes que fazem parte do núcleo esportivo, localizado no Bairro Alto da Jacobina e falou ao Calila News sobre o trabalho que vem sendo realizada pela entidade – Ouça
O trabalhador rural João Sacerdote Almeida, conhecido por João da Gomea, trazia em seu colo a boneca deboche, repetindo o que faz desde 1986 por ocasião da lavagem. Extravagando alegria, ele desfilava ao som da sanfona oito baixos, tocada pelo sanfoneiro popularmente chamado de Zé dos Oito baixos.Ouça
Na sequência, alunos do projeto Queimadas, implantado e apoiado pelo padre italiano Carlo Gabanelli que chegou ao Brasil em 1966 e ficou por 15 anos, apresentaram a fanfarra com apoio das Irmãs Beneditinas Missionárias. A frente deste trabalho, o professor Maico Silva Oliveira destacou a importância deste trabalho e lembrou que ainda há vagas para quem queira participar dos cursos que a entidade apresenta – Ouça
“Os ciclistas integrantes do grupo Pedal e trilha também marcaram presença”
O mestre Bal de Serpente conduziu os participantes do grupo de capoeira ACAVAM falou ao Calila News sobre a presença no cortejo e os trabalhos que são realizados – Ouça
A verdadeira quadrilha junina, ou seja, uma contradança de origem holandesa com influência portuguesa foi apresentada por um grupo de Monte Santo e uma das mais tradicionais pelos adolescentes da comunidade da Limeira, município de Santaluz.
O pai de santo Adalberto Lopes da Silva, mais conhecido como Bebeto, manteve a tradição e levou ao cortejo mais de 200 filhos de santo para reverenciar Oxalá, entidade máxima do candomblé.Bebeto lembrou, ao falar para o Calila Nwes, que ali também representava Ogum, dos orixás mais populares é representado pela imagem de São Jorge – Ouça
A cultura das cavalgadas foi representada por três grupos de montarias. A presença de cavalheiros e amazonas na festa da lavagem foi idealizada pelo empresário rural Wilson Marques. “Inicialmente eramos apenas dois e hoje é uma ala que chama atenção das pessoas que param para vê o cortejo passar”, falou Wilson – Ouça
Um grupo de mulheres montadas encerrou o cortejo. Segundo Rosemara Maria, elas representam, não apenas as mulheres e o grupo é conhecido como “mulher de gado”, mas toda família – Ouça