O prefeito José Ramiro Ferreira Filho, conhecido por Zé Filho, da cidade de Riachão do Jacuípe na Bacia do Jacuípe a 185 km de Salvador, mandou um projeto para a Câmara Municipal cidade com uma redação inusitada a fim de renegociar uma dívida que o Município tem com a Embasa (Empesa Baiana de Águas e Saneamento).
Tudo seria normal se não fosse a criativa ideia de transferir para a gestão que terminou em 2016 da ex-prefeita Tânia Matos, e possivelmente outras anteriores, e a Embasa emitiu certidão onde não constava atrasos em dezembro daquele ano, débitos contraídos quando ele já era gestor de Riachão do Jacuípe, cujo mandato, se as secretarias não lembram, começou em 1° de janeiro de 2017.
Segundo o vereador Robinho, do PP, e da oposição, uma sessão extraordinária na sexta-feira, 04, quando foram descobertas as falhas de redação responsabilizando o passado, e o líder do governo, Franklin Santana, percebeu os equívocos, pediu retirada da pauta e o projeto que permitiria uma negociação de R$ 115 mil reais foi para as Comissões para análise.
Erros
No documento de 23 de dezembro de 2016 emitida pela Embasa (cópia abaixo) não há registro de débitos de meses anteriores, o que poderia entrar em restos a pagar e comprometer a prestação de contas da gestora Tânia Matos e ex-prefeitos.
Mas, em um extrato de recibos da Escola Municipal Manoel Inácio, no Centro, de maio de 2017 a janeiro deste ano, fica registrado atraso em torno de R$ 10 mil reais.
Segundo a oposição, embora não entendesse o débito, todos estavam com disposição de aprovar para liberar certidões que facilitam a vida da Prefeitura a assinar contratos e convênios, que devem beneficiar a população. “Para isso fomos eleitos pelo povo” – ressaltou Robinho. “O que pesou foi imputar a outros erros do próprio Zé Filho”, finalizou.
Fonte: Jacuípe News