Muitos foram os ganhos para a sociedade dos avanços tecnológicos ao longo do tempo. Entretanto, há uma grande preocupação por parte dos estudiosos quanto ao crescimento da industrialização e o alto consumo de alimentos processados. Um estudo publicado recentemente no periódico científico Cancer Epidemmiology mostra que a industrialização de sistemas alimentares afetou profundamente as culturas alimentares tradicionais, e assim, prejudicou diretamente a saúde das pessoas, já que elas geralmente se alimentavam mais de alimentos frescos. O estudo aponta para os índices crescentes da obesidade no mundo.
No Brasil, com base nas informações do Ministério da Saúde, entre 2006 e 2016, o índice de pessoas acima do peso passou de 11,8% para 18,9%, um crescimento de 60% em dez anos. Para os especialistas, os resultados são alarmantes, já que o problema contribui também com o aumento de outras doenças já conhecidas, como a diabetes e a hipertenção. Em outros dados, a pesquisa também associa a doença a 13 tipos de câncer, entre eles estão o de fígado, mama e próstata. Em projeções feitas para 2025, o Brasil contará com cerca de 640.000 casos de câncer, e quase 30.000 deles vão estar associados à obesidade. O estudo também constatou que, além da ingestão de alimentos ultraprocessados, a falta de atividade física contribui ainda mais para esses índices. “Manter-se ativo contribui para a prevenção de muitos problemas e, além de ser uma atividade que funciona para o corpo e a saúde, mantém a mente ocupada e equilibra as pessoas”, explica Igor Castro, Coordenador Geral da Rede Alpha Fitness de academias.
Os autores do estudo consideram que a relação entre o câncer e a obesidade está nos estímulos à maior proliferação celular provocada pelo peso elevado. “Já estão comprovados os malefícios da má alimentação e do sedentarismo. Para evitar problemas futuros, o melhor sempre é a prevenção. Por isso, recomenda-se manter uma dieta saudável e rica em nutrientes, acompanhada por um profissional de nutrição e também, a prática regular de atividades físicas. Esses sempre serão os melhores reagentes para a qualidade de vida”, completa Igor.