Dentre as atividades incluídas na trezena de Santo Antonio, aconteceu no sábado, dia 09, a 18ª edição da cavalgada e missa dos vaqueiros em Canudos, município localizado no território sertão do São Francisco. Tido como uma figura símbolo do sertão baiano, o vaqueiro poderá ganhar uma data no calendário de eventos da Bahia de acordo com projeto de autoria do deputado Alex da Piatã (PSD) que tramita na Assembléia Legislativa, já aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça daquela casa. A redação determina a comemoração sempre no último domingo de agosto de cada ano.
“Ser vaqueiro não representa um simples hábito em determinadas ocasiões. Ser vaqueiro não é um costume do homem sertanejo, é um estilo de vida que esses homens carregam por toda sua trajetória, dando continuidade a herança enraizada por seus pais e avôs, cuidando do gado, da caatinga, fiscalizando fazendas e auxiliando, inclusive, na agricultura de subsistência.”, justificou o deputado ao comentar a proposição.
O Social Democrata classifica o registro como fundamental para valorização da figura histórica, tradicional e cultural, visto que várias cidades do interior baiano realizam festas de vaquejadas e de vaqueiros. Alex, inclusive, é frequentador e apoiador de diversos festejos da chamada “vaqueirama” e mantendo seu costume esteve no sábado em Canudos.
O vereador Gilberto Lira dos Santos, mais conhecido por Gerson da Várzea Cumprida (PCdoB), afirmou durante o evento, que deverá apresentar um projeto no sentido de criar também o dia municipal do vaqueiro. Para o edil, a festa do vaqueiro de Canudos é um evento regional, mas deverá ter a marca municipal, já que é esperada por todos os seus munícipes e além de homenagear os vaqueiros, também é um momento de congraçamento entre as pessoas e muitos filhos de Canudos que moram em outros estados se organizam para estarem com seus familiares nesta data.
O vereador falou para o Calila News – Ouça
Residente na comunidade de Várzea Cumprida, distante 60 km da sede, o vereador Gerson conhece bem o que é ser vaqueiro e segundo o comunista, para cuidar e conduzir os rebanhos, os homens do Sertão se submetiam a longas e perigosas jornadas de trabalho para levar os animais de um ponto para outro, ou se aventurar dentro da hostil caatinga em busca do bicho perdido e “precisamos lhe prestigiar e valorizar”, finalizou.
Redação CN