Há quem diga que cada jogo tem uma história e que só acaba quando o juiz apita. Isto pôde ser visto na noite desta segunda-feira, 30, no fechamento da 16ª rodada do Brasileirão entre Bahia e Atlético Mineiro na Arena Fonte Nova, marcado por muita emoção no seu final.
O jogo
O Tricolor levou o primeiro gol aos 4 minutos do primeiro tempo, numa boa jogada do ataque do Galo, Chará rolou para Mateus Galdezani que dentro da grande área chutou rasteiro, a bola passou entre as pernas do zagueiro Tiago e resvalou enganando o goleiro Anderson.
O gol com menos de 5 minutos deixou o Atlético acomodado e não mais procurou sair para o jogo, fazendo com que o Bahia tivesse o maior tempo com a posse de bola, mas não conseguia produzir em grandes jogadas que levassem perigo ao gol de Victor e quando a bola chegava em suas mãos ou demorava de colocar a bola em jogo na cobrança de tiro de meta a torcida pegava no pé dele entendendo que estava fazendo cera. E na terceira vez que ele retardou o jogo o árbitro Wilson Pereira Sampaio aplicou-lhe o cartão amarelo.
O Bahia queria a todo custo o empate ainda no primeiro tempo, Marco Antônio, Leo, Edigar Junio e Gilberto até que tentavam, mas a defesa do Galo se fechou e conseguiu neutralizar o ataque Tricolor e também o seu ataque, já que se defendia com 10 homens e apenas Ricardo Oliveira ficava na frente, mas quase na pegou na bola.
Segundo tempo
A segunda etapa não foi diferente da primeira, o Bahia sempre pressionando seguia em busca do empate, mas a defensiva do Galo se mantinha firme e segurava o placar, pois, os três pontos colocava a equipe na terceira posição e o Bahia que antes de jogar entrou na zona de rebaixamento estava se confirmando entre os 4 piores.
O goleiro Anderson só foi obrigado a trabalhar aos 17 minutos, Patric cruzou, Terans deixou a bola passar e Tiago tentou o corte. No entanto, a bola foi para o próprio gol e quase encobre Anderson, que se recupera e evita o gol contra.
A torcida ficou ainda mais apreensiva quando na metade do segundo tempo o time já não mostrava tanta força, eis que Enderson Moreira resolveu chamar Régis do banco aos 20 minutos para colocar no lugar de Vinicius, ele que na primeira bola que pegou recebeu o amarelo aos 14 segundos em campo, depois de simular um pênalti. Regis deu mais vitalidade ao ataque, porém não conseguiu encaixar algumas jogadas e chutes ao gol.
Aos 32, após Tiago tentar o chute, a bola bateu em Gabriel e fica para a defesa do Galo. A torcida do Bahia e os jogadores em campo pediram pênalti, mas o árbitro mandou a partida seguir.
Aos já com Élber em campo no lugar de Edigar Junio o Bahia chegou ao empate. A defesa do Galo vacila. Régis cobra falta rápida para Gilberto, que fica livre, invade a área e fuzila o gol de Victor. O jogo está empatado na Arena Fonte Nova: 1 a 1, aquela altura um bom resultado, pois, tiraria o tricolor do Z4 subindo duas posições.
Mas o gol de empate o quarto de Gilberto em quatro jogos deixou o time empolgado e achando que poderia virar a partida e se manteve todo na frente em busca do segundo e deixando o fundo desguarnecido. Não fez o segundo e num contra-ataque atleticano acabou levando. Aos 46 Chará fez jogada individual e deixou Ricardo Oliveira cara a cara com Anderson. Com muita calma, o camisa 9 escolheu o canto e balançou às redes nos acréscimos. Galo na frente de novo.
O árbitro tinha dado 4 minutos de acréscimos, em dois deles o Galo fez o segundo e o que pensou o torcedor naquele momento, derrota quando poderia ter segurando o empate. Mas o Bahia repetiu a façanha de outros jogos quando fez o gol da vitória o do empate no último minutos dos acréscimos. Aos 48 minutos e meio, Léo cobrou lateral na área, Patric não cortou a bola caiu no peito de Régis que amorteceu e chutou forte no canto para alegria da nação de tricolor que viu o arbitro apitar o fim do jogo em seguida.
Bahia deixou o Z4 e subiu para a 15ª colocação e chega a 5 jogos sem derrota no Brasileiro, sendo três empates de duas vitórias.
Redação CN