A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeite um recurso impetrado pela defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima para impedir a realização de audiências na ação penal a qual ele responde pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. De acordo com o ministro do STF Edson Fachin, as testemunhas do processo serão ouvidas em Brasília, São Paulo e Salvador.
Geddel, que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, e poderá acompanhar os depoimentos mediante o sistema de videoconferência. Ele havia alegado “cerceamento de defesa pelo não acompanhamento presencial das audiências”.
A PGR também rebateu as alegações da defesa de que as audiências serão realizadas apesar de existirem pendências relativas às perícias. Segundo Dodge, “ao tentar forjar uma relação de prejudicialidade entre os meios de prova, a defesa, busca, na verdade, atrasar o andamento da ação penal”. “Querem, portanto, ditar o ritmo do processo valendo-se, o que é pior, de questões já decididas pela Turma”, ressalta o Ministério Público Federal.
Além de Geddel, o irmão e deputado federal Lúcio Vieira (MDB/BA) e a mãe, Marluce Vieira, além de duas outras pessoas foram denunciadas à Justiça pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa no final do ano passado. Em setembro do ano passado, malas com R$ 51 milhões em espécie foram encontrados em um apartamento em um bairro de Salvador ligado à família de Geddel.
Brasil247