Esperado para setembro, o edital do concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda depende da escolha da banca organizadora do exame, processo que não tem prazo para se encerrar. No momento, de acordo com a Folha Dirigida, jornal especializado no setor, o órgão analisa as propostas de instituições interessadas.
A única que apresentou publicamente seu desejo de organizar o concurso foi a Cebraspe. Em maio, a própria PRF afirmou que a Iades também estava na briga. Com a presença constante do exame na mídia nos últimos meses, outras bancas entraram na disputa pela organização.
A falta de prazo, no entanto, pode fazer o edital atrasar novamente e chegar a outubro: o trâmite não depende apenas da corporação da PRF, mas também da análise da Consultoria Jurídica do Ministério da Justiça. A expectativa nova dada pelo órgão é de que esse processo dure um mês.
O novo atraso foi criticado pelo diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado do Rio de Janeiro (SinPRF-RJ), Márcio Luiz. Para ele, não há motivos que justifiquem um novo atraso.
“O que motivou a prorrogação e o não cumprimento de todos os prazos antigos foi a tentativa de aumentar o quantitativo para, pelo menos, mil vagas de policial rodoviário federal. O aval já saiu e confirmou as 500 previstas. Logo, não há mais qualquer razão que justifique um novo atraso”, explicou em entrevista à Folha Dirigida.
O prazo de publicação em setembro foi dado pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, durante um evento em agosto, mesmo mês em que o superintendente da PRF em Pernambuco, Alexandre Rodrigues, também confirmou que o edital estava em vias de publicação.
O diretor-geral da Polícia Federal, Renato Dias, que passou os últimos meses confirmando que o edital seria publicado no segundo semestre, foi outro a afirmar que o concurso PRF sairia em setembro. Ele já tinha dito que o documento seria tornado público em agosto, mas trâmites burocráticos impediram a confirmação do processo.
Todas as vagas serão para Policial Rodoviário Federal, com salário que passará para R$ 10.357,88 a partir de 2019 – já contabilizando os R$ 498 do auxílio-alimentação. Os candidatos precisam ter ensino superior em qualquer área e CNH na categoria B.
Segundo Dias, o órgão funciona hoje com 3 mil funcionários a menos do que deveria. Além das superintendências regionais, a PRF procura policiais para suas 150 delegacias, 313 unidades operacionais e 550 postos em rodovias espalhadas pelo país.
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