Será lançado no próximo dia 13, no Museu Náutico da Bahia (Farol da Barra)a partir das 18 horas, o livro ‘Manoelita, Cachos em Flores’, do autor baiano Bruno Miranda. A intenção do autor é falar para crianças sobre racismo, respeito às diferenças, autoestima e bullying. Ele observa que “não é fácil. Mas é, sim, cada vez mais urgente discutir questões de identidade, gênero e raça no mundo atual. Melhor ainda se começar na primeira infância, dentro de casa ou na sala de aula”.
No livro infanto-juvenil“Manoelita, Cachos em Flor”, Bruno Miranda, pai de duas meninas e um menino, aborda cada um desses temas de forma lúdica e com uma linguagem simples, próxima dos contos de fadas. E, assim, propõe suavizar velhas feridas, suscitando discussões saudáveis sobre nosso comportamento no dia a dia e como conduzimos a formação de nossas crianças.
Na trama ilustrada por belas aquarelas do artista plástico baiano Walden, Manoelita é uma garotinha negra de 8 anos, que, como muitas ainda hoje, tem vergonha dos cabelos crespos. Por isso, nunca deixa os cachinhos soltos. É que desse jeito se sente mais segura, invisível quase, diante da maioria branca da escola.
Mas, um dia, estimulada por um concurso de beleza que assistiu na televisão, resolve participar do Baile da Primavera da escola. E mais: exibindo o cabelão que jamais deixava voar. Acontece que na escola o preconceito também aparece e Manoelita sofre com os comentários maldosos de uma coleguinha. E, pior, acredita neles…
Como uma pequena Cinderela, a menina recebe a visita de três fadinhas, que lhe ensinam que todos são belos, apesar de diferentes. Como só precisava de um pequeno estímulo, Manoelita percebe que não precisa mais esconder seus cachinhos para se achar bonita!
Como nasceu a história de Manoelita?
O autor explica:
“Manoelita é inspirada em uma amiga comum, minha e de minha esposa, chamada Manoela. E como de costume, essa inspiração foi transformada numa história para as crianças e contada na hora de dormir.
Instigado pelocabelo black power de Manoela e sua história de vida, percebi que várias meninas sofrem desde a infância um preconceito enraizado na ditadura do cabelo liso. Por isso, essa transição para deixar o cabelo naturalmente crespo nunca é um processo fácil.
O fortalecimento do movimento negro e do feminismo tem permitido mais força para se libertar da ditadura do cabelo liso.E foi assim que nasceu Manoelita, Cachos em Flores, com o qual me lanço de vez para o mundo da literatura infantil”.
Um pouco de Bruno Miranda
Nasceu em Salvador, Bahia, é casado e pai de duas meninas e um menino. Seu gosto pela leitura começou desde de muito cedo com as histórias em quadrinhos, que lia vorazmente, uma a uma. A partir daí, não abandonou mais a leitura, e, como uma coisa vai levando a outra, passou a gostar de escrever.
Ainda na adolescência, começou a escrever poesias e depois da graduação na Escola de Belas Artes de Salvador (UFBA), a paixão pelas artes só fez aumentar. Passou a inventar histórias infantis quando colocava a filha mais velha, ainda pequena, para dormir e o costume continuou com os outros dois. Foi aí que teve a ideia de começar a anotar essas histórias inventadas e se surpreendeu quando percebeu que já tinha vários projetos de livros no computador.Pensou: “por que não fazer com que outras crianças também possam ter acesso a elas?”.
Há mais de uma década, Bruno trabalha como professor do Instituto Federal da Bahia – IFBA, tem mestrado na área de educação ambiental pela UESC e especialização em educação.
Preço de capa: R$ 30 no lançamento (20 páginas) Evento tem entrada franca
Contato para entrevistas: Bruno Miranda – 71/99380-8478 e [email protected]
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