O candidato do MDB à Presidência da República, Henrique Meirelles, disse, na manhã desta terça-feira (25), que o concorrente Jair Bolsonaro (PSL) é “despreparado” e que “não sabe o mínimo de economia”.
Meirelles foi entrevistado, por telefone, pela Rádio Sociedade da Bahia e disse que a crítica ao adversário é “importante”.
“Não há dúvidas de que é importante dizer ao país como o Bolsonaro é despreparado, não sabe o mínimo de economia, nunca exerceu nenhum cargo de administração, nunca governou nada, não tem condições de assumir o país num momento tão importante. É exatamente isso que tenho que mostrar à população, que o candidato que tem competência para resolver os problemas sou eu”.
Sobre o escolhido por Bolsonaro para assumir a economia num eventual governo, Paulo Guedes, Meirelles apontou que há contradições entre os dois e que os eleitores precisam olhar para o presidente, que é “quem vai decidir”.
“Ele [Paulo Guedes] já disse que iria aumentar impostos. E isso é ruim para a população, ruim para os que ganham menos, ruim pra economia. O Bolsonaro disse, depois, que não. Já desmentiu ele. Ou seja, quem vai decidir é o presidente. Então, o importante é a pessoa olhar para o presidente e sua capacidade de escolha e decisão. Meirelles é a melhor escolha”, afirmou.
Na entrevista, Meirelles prometeu que, se eleito, vai gerar 10 milhões de empregos, aumentar o Bolsa Família e melhorar a saúde, segurança e educação.
“Tem que ter competência, seriedade, gerar confiança na economia, controlar a inflação para não desorganizar o trabalhador, para ele não perder a capacidade de comprar e a roda da economia girar. Quero dar oportunidade ao brasileiro que quiser trabalhar de trabalhar. Vamos aumentar o Bolsa Família, dar crédito, condições para ele sair dessa condição, dar segurança. Vamos garantir que o povo tenha segurança, em casa, na rua, atendimento de saúde adequado e também dar condições para que as crianças tenham boa educação”.
Possível convite para ser ministro
Questionado se, assim como ocorreu no governo Lula, aceitaria um convite para assumir um cargo num eventual governo de Fernando Haddad (PT), Meirelles disse que não toma decisão por antecipação e por hipóteses.
“Eu tenho bastante segurança do meu crescimento, que é muito grande. A população, me conhecendo, vai votar na minha chapa, na minha experiência. Quando o Lula me chamou, eu aceitei, trabalhei oito anos e o Brasil cresceu muito. Naquela época, o Lula fez vários pronunciamentos ressaltando o meu papel no governo dele, que fui responsável pelo controle da inflação. Agora, vou voltar se o povo me chamar”, disse.
Apoio de Temer
Meireles também falou por que não tem usado na sua campanha a imagem do presidente Michel Temer, de quem foi ministro da Fazenda. “Estou fazendo a campanha do Meirelles e não do Temer. Estou fazendo a campanha da minha carreira, da minha história. Cuidei bem da economia, fui presidente do Banco Central. Isso mostra o que eu posso fazer como presidente da República”.
Visita a Salvador
Henrique Meirelles participou, na segunda-feira (24), de um encontro de lideranças do partido, em Salvador. Na ocasião, disse que confia em um crescimento de seu nome nas próximas pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2018. A declaração foi feita após a divulgação da última pesquisa Ibope, que mostrou 2% das intenções de votos para ele.
Nesta terça-feira, ele faria uma visita à cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros da capital baiana, mas a assessoria do candidato informou que houve uma mudança na agenda e a visita foi cancelada.
G1/BA