O prefeito de Valente Marcos Adriano Araújo, esteve mais uma vez no açude de Valente na manhã desta segunda-feira (19), desta vez, por um motivo preocupante. O chefe do executivo foi ver de perto o problema que está afetando a comunidade com a morte do peixe da espécie Guppy Selvagem, conhecido na região como paravivos, uma espécie de 4 cm, sem valor comercial, mas importante para a teia alimentar. A morte dessa espécie segundo especialistas é um sinal da falta de oxigênio, sol intenso e excesso de amônia com a poluição da água.
De imediato, o prefeito Marcos Adriano, ordenou a análise do tipo de planta adaptável para suportar a água salobra e posteriormente o replantio dessas mudas e estabeleceu a retirada dos peixes mortos da margem do açude, para diminuir o mau cheiro e dar mais conforto a população dos Bairros Juazeiro e Petrolina.
O prefeito ficou triste e preocupado com a situação e reafirmou que será incansável na luta para destravar o Projeto Básico do Sistema de Esgotamento Sanitário do município. “Assim vamos resolver os problemas de coleta, transporte, tratamento e disposição final dos esgotos. O projeto de reurbanização da cidade prevê melhorias no Sistema de Esgotamento Sanitário”.
O prefeito explica que já esteve em Brasília com o presidente da Embasa diversas vezes com a finalidade de destravar esse Projeto. “Esse projeto é grandioso e vem se arrastando há muitos e muitos anos, algumas coisas andam em passos lentos. Dependemos do empenho para a liberação de recursos e da celebração do convênio Funasa, Embasa e Prefeitura. Vamos continuar buscando destravar esse Projeto que vai trazer muitos benefícios para Valente, melhorando a vida dos nossos munícipes. É uma de nossas prioridades de gestão”, avisa Marcos Adriano.
O técnico em Zootecnia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Meio Ambiente (Sedama), explica que a morte dessa espécie é um sinal de que se não houver chuvas nos próximos dias a situação pode piorar. “O esgoto roubou todo o oxigênio da água e potencializou a amônia, fato este que acelerou a morte dessa espécie, é preciso que a água seja renovada com chuvas para que outras espécies de peixes, como por exemplo, as tilápias não sofram as consequências”.
A espécie que está morrendo na calha do açude municipal não tem valor comercial, segundo o técnico, serve apenas para alimentar outras espécies ou aves aquáticas. “A quantidade encontrada dos paravivos se dá também pela falta dos predadores dele no açude, o que também afasta a presença das aves, aí dá uma impressão de superpovoamento. A situação é preocupante porque acende a luz amarela para a falta de água e a poluição do local, mas ainda não podemos ver a extinção de espécies consumidas e comercializadas pelos pescadores”, disse.
Ainda segundo Leôncio, o repovoamento de espécies de alevinos, por exemplo, seria inútil neste momento e que é preciso aguardar a chegada das chuvas para aumentar o nível e melhorar água.
O Projeto
O Projeto Básico do Sistema de Esgotamento Sanitário de Valente antevê a implantação de uma estação de tratamento e sete estações elevatórias que serão implantadas nos pontos de concentração dos esgotos da rede coletora e encaminharão os efluentes para a estação elevatória final, orçado à época em R$ 16.641.120.31, através da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Fonte: ASCOM PMV