O trezenário em louvor a Santaluzia foi encerrado na noite de quinta-feira, 13, depois de um dia inteiro de atividades religiosas a começar pela tradicional alvorada com queimas de fogos de artifícios por volta das 04h e às 07h a primeira celebração do dia.
Católicos luzenses e devotos da santa de outras cidades da região marcaram presença em massa na missa das 10h que durante e depois da celebração muitos se dirigiram ao lado da igreja matriz e utilizaram o espaço dedicado para acender velas para pagarem promessas ou pedirem algum tipo de milagre.
A agenda religiosa prosseguiu na parte da tarde com adoração ao Santíssimo Sacramento acompanhada da acolhida à imagem de Santa Luzia depois de 70 dias de peregrinação tendo passado pela casa de 70 famílias, que marcou os 70 anos de júbilo e em seguida aconteceu a missa campal celebrada pelo padre Alexandre Aquino, pároco do municipio. A celebração foi a preparação para procissão.
Na oportunidade o padre leu uma mensagem/carta enviada do Vaticano, abençoando a Paróquia de Santaluzia, em homenagem aos 70 anos do júbilo.
Já estava no fim da tarde quando a procissão percorreu as principais ruas e avenidas da cidade e o andor que conduzia a imagem da santa mais uma vez ganhou bela ornamentação e os devotos não perderam a oportunidade de fazer a tradicional selfie.
A prefeita Quitéria Carneiro, que participou das missas e da procissão destacou o protagonismo da festa. “Trata-se de uma importante manifestação cultural e religiosa, expressão de fé da comunidade católica luzense que participa das festividades com muito amor, alegria, devoção e com muito respeito. As celebrações do trezenário também atraem pessoas de outras cidades, o que impacta positivamente o nosso município do ponto de vista econômico”, destacou a prefeita, que caminhou junto com o ex-prefeito Júnior do Max, o deputado estadual Alex da Piatã, o deputado federal eleito Otto Alencar Filho e os vereadores Peu, Louro do Rio Verde, Danda, Leo Reis e o ex-vereador Manoel de Lea.
Santa Luzia, portadora da luz
Nascida em uma família rica e cristã, na cidade de Siracusa, na Itália, no ano de 283, Luzia era considerada como uma das jovens mais belas do local. Aos cinco anos, perdeu o pai e cresceu sob os cuidados da mãe, que sofria de graves hemorragias. Certo dia, ao peregrinar na cidade de Catânia, Luzia e a mãe acompanharam o evangelho pregado durante a missa, o qual falava sobre a cura da mulher que padecia de hemorragias. A jovem, então, pediu a Deus que a mãe ficasse curada e foi rezar junto à imagem de Santa Águeda. No mesmo instante, a cura aconteceu.
Ao chegarem à casa onde elas moravam, começaram a distribuir todos os bens aos pobres. Como Luzia se mostrou firme diante da fé que carregava, acabou sofrendo inúmeras crueldades do Imperador Diocleciano, que vendo que nada a fazia renegar a fé em Jesus Cristo, mandou degolar Luzia. Era 13 de dezembro de 304. A partir deste dia, teve início a devoção à Santa Luzia, primeiro na Itália e depois por toda a Europa. Atualmente ela é conhecida como a “Santa da Visão”.
Conta-se que antes de sua morte teriam arrancado os seus olhos, fato ou não, Santa Luzia é reconhecida pela vida que levou Jesus até as últimas consequências, pois assim testemunhou diante dos acusadores: “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade”.
Redação CN * colaborou Teones Araújo e Notícias de Santaluz