A questão da saúde em Coité, principalmente quando se refere aos hospitais tem sido algo polêmico. O caso mais recente foi registrado na manhã de terça-feira, 22, quando o médico que deveria assumir o plantão pela manhã não compareceu e nem justificou os motivos, embora na reportagem anterior uma filha de paciente teria dito que ele mandou um atestado. Mas isto não foi confirmado pela diretoria que até por volta das 17h30.
Assunto ganhou as redes sociais e não foi diferente de outras vezes a questão politica partidária falou mais alto. De um lado aqueles quem fazem oposição aos governos municipal e estadual lamentando a falta de médico e os aliados dos governos petistas na defesa tentando justificar o ocorrido.
No começo da tarde começou a circular um áudio do ex-deputado Emério Resedá (DEM), onde ele fala que Coité sempre teve dois hospitais e que a atual gestão teria fechado um deles e transformado em maternidade. “Isso é um absurdo. Coité tinha o hospital regional e o Almir Passos, sendo que fecharam o Almir Passos e transformaram em uma maternidade. E agora o hospital regional fechado”, afirmava o democrata.
No áudio Emério Resedá diz que não estava em Coité e que ficou sabendo pelas redes sociais, e sai na defesa do deputado estadual e líder do Democrata na Assembléia Legislativa, Tom Araújo, alegando que ele nada pode fazer em função de ser oposição aos governos municipal e estadual.
O Calila News teve acesso ao áudio gravado durante uma entrevista a uma rádio sisal – Ouça
Também, usando a rede social, o deputado estadual Alex da Piatã (PSD), gravou um vídeo onde cita como caso isolado e lamentável, segundo ele tudo ocorreu por conta da ausência do médico que não foi ao plantão e nem informou o motivo.
“Isso causou indignação em algumas pessoas que lá estavam e repercutiu nas redes sociais. Porém, em poucas horas a Secretaria de Saúde e o prefeito ao serem avisados pela direção do HP, resolveram o problema por volta das 13h, chamando outro médico para substituir o ausente, e assim normalizou o atendimento”, falou Alex da Piatã.
Segundo o Social Democrata, a oposição, na figura do ex-deputado Emério, se aproveitou desse caso isolado para tecer críticas à saúde de Coité e ao seu mandato e convidou o ex-deputado para debater a saúde de Coité. “Só para lembrar, pegamos um hospital fechado e o transformamos em maternidade, com a bandeira do Hospital Português. A unidade Regional atende urgência e emergência e faz cirurgias eletivas e ortopédicas. É referência regional e o resultado das eleições provou que fizemos e fazemos um bom trabalho. O povo reconheceu e para isso basta ver que fui o mais votado da história de Coité e do Território do Sisal para deputado estadual. Então, querem mesmo debater a nossa saúde?” concluiu Alex da Piatã. VEJA O VÍDEO
Prefeito Assis também se manifestou
O prefeito Assis (PT), postou uma nota em sua rede dizendo que a maternidade citada pelo ex-deputado Emério Resedá funciona no antigo hospital Almir Passos, encontrado fechado ao assumir o governo em 2013 e foi necessária uma intensa batalha judicial para a Prefeitura obter o prédio de volta, pois o mesmo havia sido doado à família do deputado Tom Araujo. “Este hospital hoje se transformou em Unidade Municipal materno-infantil e desde que começou a funcionar já foram realizados mais de 6 mil partos e a maioria cesariana. “Milhares de crianças e mulheres atendidas. Centenas de milhares de procedimentos médicos realizados. 100% SUS. “Referência Regional”, afirmou Assis.
Com referencia ao Hospital Regional, segundo o prefeito, hoje é clínica médica geral, emergências, cirurgias eletivas (hérnia, vesícula, histerectomia, ortopédicas, etc) e já realizou milhares de cirurgias.
O prefeito concluiu dizendo que no dia 22/01/2019, “por algumas horas o HP Regional ficou sem plantonista (o médico escalado apresentou atestado de última hora e não compareceu) e esse foi um fato indesejável, lamentável, isolado, único em cinco anos, foi logo superado”.
Hospital sempre foi pauta forte em Coité
Coiteenses abaixo de 30 anos talvez não lembrem, mas acima disto pode se recordar que a discussão envolvendo a saúde e a questão hospitalar teve inicio no inicio dos anos 1993 quando Diovando Carneiro Cunha então prefeito após tomar posse iniciou a lutar para que a prefeitura tivesse o controle do hospital Almir Passos, á época administrado pela santa casa tendo como presidente sempre pessoas da família do ex-prefeito Hamilton Rios.
O hospital chegou a ser fechado, a Prefeitura a época mandou para lá todas as maquinas e caçambas transformado o espaço num verdadeiro almoxarifado. Confusão generalizada durou vários dias.
Depois disso os problemas envolvendo a saúde e os hospitais continuaram, teve episódio de fechamento e reabertura e fechamento do hospital Almir Passos na gestão do então prefeito Renato Souza, teve reinauguração já no Governo Assis com a presença de secretário estadual de saúde, o mesmo passou a ser gerido pelo municipio e após o governo municipal firmar uma parceria com o Hospital Português as duas unidades passaram a serem geridos pelo HP. O outro é o mais antigo, o Hospital Regional que passou a ser chamado Hospital Português – Unidade Regional de Coité.
Redação CN