A Bahia e o resto do País, com exerção a Pernambuco que praticamente faz o carnaval até quarta-feira de cinzas, tem a terça feira como último dia de folia. Em Coité o primeiro dia acontece no último em relação aos outros e é promovido pelo Bloco As Pimentinhas do promoter Márcio Bary.
A quantidade de pessoas este ano praticamente triplicou em relação a 2018. Uma grande concentração aconteceu no Clube Castro Alves e outra na Praça da Matriz ao som de paredões e por volta das 18h20 houve o encontro e a Praça da Matriz ficou totalmente ocupada por milhares de pessoas, a grande maioria da faixa etária entre 14 e 25 anos que se vestindo de forma irreverente fez valer o que se espera da festa. A fantasia mais comum foi homem vestido de mulher.
Essa turma praticamente não conheceu, mas já ouviu falar que Coité realizou por várias décadas uma das melhores micaretas da Bahia (carnaval fora de época) e que está há uma década sem realizar, e, o espírito carnavalesco permanece nesta geração que se contenta com um simples paredão, enquanto seus pais e avós tiveram a oportunidade de pular atrás do trio Chiclete com Banana com Bell Marques, Pinel com Daniela Mercuri, Harmonia do Samba, Babado Novo com a iniciante Claudia Leitte, Ivete Sangalo, entre outras estrelas que continuam brilhando nos palcos e nos trios mundo afora.
Coité que era uma das poucas cidades a ter trio elétrico e revelou muitos músicos e bandas a exemplo da Banda Astral que depois de alguns anos passou a se chamar Batukuerê liderada por Marquinhos e Valdir Carvalho e que neste carnaval é uma das grandes atrações no estado do Tocantins.
Coité nunca teve tradição em realização de Carnaval, Vaquejada, São João, São Pedro, natal, ano novo, mas quando o assunto era Micareta tinha o mesmo respeito de Feira de Santana, Alagoinhas, Jacobina, as mais badaladas de toda Bahia e essas três cidades continuam promovendo.