Em visita ao município de Morro de Chapéu, na Chapada Diamantina, na segunda-feira, dia 15, o governador Rui Costa chegou à marca de 500 viagens pelo interior da Bahia com uma intensa agenda de trabalho. O dia foi marcado pela entrega de obras e investimentos para a agricultura, infraestrutura e abastecimento de água. Desde que assumiu o Governo do Estado, em janeiro de 2015, Rui já visitou 255 municípios de diferentes regiões baianas, com a média de uma cidade visitada a cada três dias.
Nesta viagem, a equipe do CN ficou atenta aquelas “curtinhas”, “poucas e boas”. Começando pelo pedido de carona do governador Rui Costa aos motoristas que passam pela BA-144, no que liga Morro do Chapéu a Várzea Nova, entregue por ele durante o evento.
Enquanto o senador Jaques Wagner usava da palavra, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), atendia uma ligação, muito provavelmente de Brasília. A deputada esqueceu que Wagner falava e soltou uma bela gargalhada. Há quem diga que alguém contava mais uma “piada” envolvendo o governo Bolsonaro. Não tivemos essa confirmação.
Wagner no meio do discurso perguntou ao governador Rui Costa quanto deputados estaduais fazem parte da bancada da situação e foi informado que 43. O experiente senador recomendou ao seu sucessor que não precisa convencer outras da oposição a vir pra base. Talvez por entender que quantidade não é o mesmo que qualidade, pois, já viveram situação de absolver muitos lobos vestidos de cordeiro no grupo.
Uma intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) ajudou surdos utilizando gestos e sinais em substituição à língua oral a entender toda solenidade. Língua Brasileira de Sinais é usada pela comunidade de surdos reconhecida em 2002, portanto, é uma língua oficial. Em 2005 foi regulamentada como disciplina curricular e, em 2007, a profissão de Intérprete.
O secretário de Desenvolvimento Rural, Josias Gomes, demonstrou está mais interessado na leitura do que nos discursos. Durante um bom tempo passou lendo um livro. O CN procurou saber de Josias o que estava lendo e ele respondeu: “Estava dando uma olhada na biografia de um coronel negro, nascido em Morro do Chapéu. A biografia contextualiza o período da escravidão lá”.
Na primeira fila, entre os deputados federais, apenas Claudio Cajado (PP), está concentrado no evento. Pela posição, “concentração absoluta” e até mesmo em clima de respeito cívico. Os demais, Josias Gomes (PT), estava lendo, Afonso Florence (PT), fazendo filmando, Marcelo Nilo (PSB) e Alice Portugal (PCdoB), concentrados no zap zap. Mas a concentração de Cajado parece ter dado sono, conforme foto abaixo:
Durante seu pronunciamento, o prefeito de Morro do Chapéu, Léo Dourado (PR), alfinetou ex-aliados políticos e ironizou ainda o fato de ser brigão, ou seja, recentemente se envolveu em uma confusão no Povoado de Icó após ser chamado de “moleque” pelo empresário Aderbalzinho e reagiu com um soco no rosto do opositor. No início do discurso, Leo anunciou que não iria brigar com ninguém e que sua esposa teria lhe dado um chá camomila para ajuda a acalma e a relaxar. Pelo sorriso, Rui Costa ficou mais tranquilo.
Sem a presença da vice-prefeita Juliana Araújo (PR), filha do ex-deputado federal José Carlos Araújo (PR), o prefeito Leo Dourado disse que “eles (pessoas ligadas ao ex-deputado José Carlos) não vieram com medo do que eu tinha pra dizer. Saíram com as calças na mão. Eu nasci aqui, passei quase dois anos sem poder chegar perto do melhor governador da Bahia, mas isso acabou”, falou Dourado e recebeu um forte aplauso. A cadeira reservada à vice-prefeita Juliana Araújo ficou todo tempo vazia, ou melhor, serviu de mesinha para alguém descansar as mãos.