Doze vítimas de tiros deram entrada no Hospital Geral Clériston (HGCA), em Feira de Santana, no plantão deste fim de semana, sendo que sete vítimas chegaram de uma só vez. Elas foram baleadas em um bar no bairro Novo Horizonte (relembre aqui). De acordo com o diretor do hospital, José Carlos Pitangueira, a situação da violência em Feira de Santana é delicada. Ele afirma que todos os finais de semana são assim.
Além do alto número de baleados, Pitangueira informou o alto número de pessoas atendidas no hospital vítimas de facadas, especialmente no domingo, além dos atendimentos de vítimas de acidentes de moto. Segundo ele, as 12 vítimas foram só de sexta a noite a sábado a noite.
“Nós não estamos aqui para atender briga de quadrilha. Desse jeito não tem como. A gente se prepara para atender 100 e atende 300. O hospital tem um limite técnico e com essa violência acaba não tendo vaga para a população que está precisando. Não estamos aqui para cobrir só violência e essa situação está extrapolando o limite de qualquer hospital. Estamos aqui para atender também as necessidades da população. Tem que dá um basta nessa violência”, afirmou.
Segundo Pitangueira, os fins de semana são os dias de maior incidência de vítimas de tiros atendidos no hospital e a média de faixa etária das vítimas é de 20 a 30 anos. Também há um número expressivo de menores atendidos.
“Há uma situação clara de interferência do pai e da mãe, pois a criação está difícil de ser feita e nessa situação é difícil acompanhar. A população de Feira cresceu, mas não teve educação na escola”, afirmou.
Acorda Cidade | Com informações do repórter Paulo José