Ao receber uma homenagem na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) na segunda-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro elogiou empresários, chamando-os de “heróis”, e prometeu não “atrapalhá-los”.
“Dentro do trabalho que queremos fazer, em primeiro lugar, é não atrapalhá-los. Já estaria de bom tamanho, do ponto de vista burocrático, que os senhores têm que enfrentar no seu dia a dia”, declarou ele na cerimônia, na qual recebeu, do presidente da entidade, a Medalha do Mérito Industrial do Estado do Rio de Janeiro.
Bolsonaro completou: “O que eu tenho a oferecer aos senhores: o patriotismo, a humildade, eu tenho coragem de enfrentar o corporativismo das empresas. É uma vontade enorme de colocar o Brasil no lugar onde ele merece – e grande parte desse sonho passa pelos senhores, empreendedores. Tenho dito: os senhores são verdadeiros heróis, perto daqueles que têm que enfrentar autoridades municipais, estaduais e do executivo federal”.
O presidente também afirmou que “quanto menos a gente tributa, mesmo sabendo da dificuldade do mercado, quanto menos a gente interfere, maior [o] desenvolvimento”.
No discurso, ao se dirigir ao presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, defendeu ainda a aprovação da reforma da Previdência.
“Agora o problema que nós temos lá, prezado presidente, às vezes é dinheiro. Não podemos desenvolver muita coisa por falta de recurso, por isso precisamos da reforma da Previdência. Ela é salgada para alguns, mas estamos combatendo privilégios. Não dá para continuar mais, o Brasil nessa tremenda carga nas suas costas. Se não fizermos isso, [em] 2023, 23, 24 vai faltar recursos para pagar quem está na ativa.”
Classe política
No mesmo evento na Firjan, Bolsonaro disse que o Brasil é “um país maravilhoso” e que o grande problema “é a nossa classe política”.
“É um país maravilhoso que tem tudo para dar certo, mas o grande problema é a nossa classe política. É nós [Wilson], Witzel, é nós, Crivella, sou eu, Jair Bolsonaro, é o Parlamento em grande parte, é a Câmara Municipal, a Assembleia Legislativa. Nós temos que mudar isso. Não existe maior satisfação para um político do que ser reconhecido em qualquer lugar, do Brasil ou fora do Brasil. Ser reconhecido pelo lado bom. Temos que mudar o destino do Brasil”, afirmou o presidente.
G1