“Demonstramos inúmeras vezes que a operação ‘lava jato’ foi uma atuação combinada entre os procuradores e o ex-juiz Sergio Moro com o objetivo pré-estabelecido e com clara motivação política de processar, condenar e retirar a liberdade do ex-presidente Lula. As reportagens publicadas pelo portal The Intercept Brasil revelam detalhes dessa trama”, afirmam o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente.
As reportagens a que Zanin se refere mostram diversas trocas de mensagens de celular entre os procuradores da “lava jato” e do procurador Deltan Dallagnol com o ex-juiz federal Sergio Moro. As mensagens, afirma o advogado, comprovam as motivações políticas dos procuradores, com algumas menções claramente antipetistas, e mostram o ex-juiz orientando a atuação dos procuradores, especialmente em relação a Lula.
“A esse cenário devem ser somadas diversas outras grosseiras ilegalidades, como a interceptação do principal ramal do nosso escritório de advocacia para que fosse acompanhada em tempo real a estratégia da defesa de Lula, além da prática de outros atos de intimidação e com o claro objetivo de inviabilizar a defesa do ex-presidente”, afirma Zanin, na nota.
Para a defesa, ninguém pode ter dúvida de que os processos contra o ex-presidente Lula estão corrompidos pelo que “há de mais grave em termos de violações a garantias fundamentais e à negativa de direitos”.
Uma série de reportagens publicadas neste domingo pelo site The Intercept Brasil expõe áudios do ex-juiz federal e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e do procurador Deltan Dallagnol.
Segundo as reportagens, o site teve acesso a um extenso lote de arquivos secretos que revela que os procuradores da “lava jato”, que passaram anos insistindo que são apolíticos, tramaram para impedir que o PT ganhasse a eleição presidencial de 2018.
Ataque Hacker
Em nota, o Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR) informou que seus membros foram vítimas de ação criminosa de um hacker, ainda de acordo com o MPF, a troca de mensagens pode ter sido retirada de contesto, o órgão não desmentiu a veracidade do conteúdo divulgado pelo site.
Fonte: www.conjur.com.br