O número de mortes por dengue no Brasil é quase três vezes maior neste ano em relação ao mesmo momento de 2018. De acordo com o boletim do Ministério da Saúde datado de 5 de junho, as mortes por dengue confirmadas até 27 de maio eram 295. No mesmo momento do ano passado, o país havia registrado 99 mortes pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
São Paulo e Minas Gerais são os estados mais afetados: juntos, somam 68,3% dos casos prováveis da doença no país, ou seja, casos ainda não confirmados em laboratório.
De acordo com o boletim da semana epidemiológica 21, o estado de São Paulo teve mais de 320 mil casos prováveis de dengue até o fim de maio de 2019 – enquanto neste momento do ano passado eram pouco menos de 9 mil.
Já Minas Gerais registrou mais de 322 mil casos no mesmo período deste ano, ante 20,2 mil até o fim de maio de 2018.
Em todo o Brasil, o número de casos prováveis de dengue é cinco vezes maior do que no mesmo período do ano anterior, num total de 965,04 mil.
Proporcionalmente, outros estados viram a doença se expandir de forma significativa. O Paraná registrou um salto de quase 4.000% nos casos prováveis, para 37 mil. Também em Tocantins, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Roraima e no Distrito Federal o número de casos prováveis aumentou mais de 1.000%.
Os gráficos das estimativas do ministério, entretanto, indicam que a incidência das doenças causadas pelo Aedes aegypti deve começar a cair ao longo deste ano.
O mesmo boletim do Ministério da Saúde contabiliza os casos de chikungunya e zika no Brasil.
Para a chikungunya, são 12 mortes registradas até o momento (1 na Bahia, 10 no Rio de Janeiro e 1 no Distrito Federal). Porém, há 42 mortes ainda em investigação no estado de Pernambuco. Já são mais de 53 mil casos prováveis da doença, abaixo dos 57 mil registrados no mesmo período do ano passado. O Rio de Janeiro é o estado com maior número de casos: quase 36 mil.
Quanto à zika, não há mortes confirmadas até o fim de maio de 2019, mas são 6,1 mil casos prováveis em todo o país. No mesmo período de 2018, foram registrados 4,88 mil casos prováveis.