Conceição do Coité está completando neste domingo, 7 de Julho 2019, 86 anos de emancipação política e administrativa. Conhecido em todo o Brasil e fora dele, seja por intermédio do esporte, cultura, política, musicalidade, figura como um dos 30 principais municípios da Bahia em desenvolvimento, vale lembrar que ao todo existem 417.
A cidade está em festa com a realização da VII Semana da Cultura Territorial, ou seja, prove a cultura não apenas para os munícipes, como absolve outros 19 que compõem o território do sisal.
Conheça mais a história do Município de acordo com publicação no Wikipédia/Google
História
Segundo a tradição, o arraial de Coité originou-se de pouso de tropeiros que se deslocavam de Feira de Santana rumo à Jacobina que dividiam a jornada, descansando num local onde havia fonte que, mesmo no período da estiagem, jorrava. A água desta fonte era utilizada pelos tropeiros para consumo próprio e para matar a sede dos animais da tropa.
Assim surgiu o arraial que tomara a denominação Coité, porque os tropeiros pernoitavam sob o abrigo de uma árvore, cujos frutos eram pequenas cabaças que, no idioma primitivo, recebiam o nome de ‘Cuite’ (pequena cuia) a qual, serrada no meio era utilizada pelas donas de casa.
Para que o arraial fosse elevado à categoria de freguesia seria necessária a doação de terras ao Santo padroeiro. Então o Senhor João Benevides, antigo morador da povoação e proprietário de muitas terras, doou uma área onde está edificada a igreja de Nossa Senhora da Conceição, e grande parte do município. Pode-se afirmar, portanto que Conceição do Coité foi fundada pelo senhor João Benevides e família no através da Lei Provincial nº 539, de 9 de maio de 1855. Com a criação da freguesia, o povoado de Coité recebeu o seu primeiro padre, Manoel dos Santos Vieira. Pelo Decreto nº 8.528 de 7 de julho de 1933, o município de Coité tornou-se autônomo, mas só a partir de 1º de março de 1966 tem a sua própria comarca.
Na condição de Arraial, Conceição do Coité teve implantado serviços cartoriais que eram conduzidos, no século XIX, pelo escrivão Raimundo Nonato do Couto, responsável pela lavratura de diversas escrituras de alforrias de negros libertos.
Possui uma área de 1.086,224 km², estando localizada na zona fisiográfica do nordeste, ao leste da Bahia, na microrregião de Serrinha. A sede do município esta a 380m acima do nível do mar. O município de Coité limita-se em Serrinha (ao sul), Retirolândia (ao norte), Araci (ao leste). Riachão do Jacuípe (ao oeste), Ichu (ao sudeste), e Santa Luz (a noroeste).
A maior parte do terreno coiteense é plano, por isso, podemos dizer que seu relevo predominante é planície, sendo seu ponto mais alto o do Morro do Mocambo com 100 m de altura.
A rodovia do sisal, inteiramente asfaltada, facilita os transportes para todos os grandes centros do país. O município também é servido pela estrada de Ferro Leste Brasileiro que passa pelo distrito de Salgadália.
A sede do município de Conceição do Coité é plana, arborizada, possui praças e ruas pavimentadas. Possui rede de esgoto e água encanada. Sua feira semanal ocorre as sextas-feiras, atraindo feirantes de outros municípios. Como principais eventos festivos, a cidade conta com a micareme/micareta, que teve sua origem na Páscoa de 1923, e a festa em louvor a Nossa Senhora da Conceição, que se estende de 29 de novembro a 8 de dezembro, a semana dos evangélicos que tem com feriado municipal dia 23 de setembro. Esses eventos constituem as principais eventos festivos tradicionais da cidade de Conceição do Coité.
Quanto às atividades econômicas, o município se destaca com o cultivo do sisal, sendo o principal explorador da região. Além do sisal, cultiva-se a mandioca o feijão e o milho. Apesar de não ser desenvolvida, na pecuária destaca-se a criação de bovinos, equinos, caprinos, ovinos e aves.
A industrialização também se desenvolve no município, além de beneficiamento da fibra e na fabricação de mantas, fios e cordas de sisal, temos fabricas de cordas sintéticas, calçados, água sanitária, velas, bebidas, redes plásticas, sacos, sacolas, refrigerantes, torrefações de café e confecções, etc. A industrialização contribui de forma significativa para o comércio.
No setor educacional o município conta com escolas de 1º e 2º Graus, publicas e particulares, além da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) que conta com os cursos de Comunicação Social com ênfase em Rádio, História (Licenciatura), Letras Língua Portuguesa e Letras Língua Inglesa (ofertado a partir de 2004), e faculdade particular (FARESI, FTC, EADCOM) e cursos de pós-graduação.
No aspecto religioso, o Cristianismo é a religião predominante, entretanto nas suas variações, encontra-se templos: batistas, assembleianos, avivalistas, congregacional, pentecostal, neopentecostais, espírita, umbandistas, candomblé, ateus e católicos e simpatizantes etc…
Uma das religiões que mais tem crescido no município é a Assembleia de Deus, igreja de cunho protestante, inserida no universo pentecostal. A referida denominação possui cerca de 3.000 (três mil) fiéis, espalhados por todos os povoados. O templo central encontra-se localizado na rua Theognes Antônio Calixto, em frente à Rodoviária e é tido como uma Cartão Postal da cidade, pelo seu projeto arquitetônico arrojado.
No dia 23 de setembro é celebrado o dia da cultura evangélica, evento inserido no calendário oficial do município e que já faz parte da tradição há mais de quinze anos.
Cultura
O município é mãe de notáveis Poetas que já se destacaram no cenário estadual e nacional. Entre eles, Carlos Neves, que é cordelista, palestrante, escritor, poeta, pesquisador cultural, intelectual, enfim, um expoente da cultura Coiteense. Recentemente lançou um notável livro em Brasília, juntamente com o Palhaço Plim Plim. O título do livro é “O palhaço do circo quadrado”, nele os autores denunciam a injustiça sofrida pelo palhaço Plim Plim. Carlos Neves exprime sua impressão através do cordel. E quem marca a nova geração é o poeta Éder Carneiro Cardoso e Silva, poeta singelo, que não se classifica em apenas uma categoria literária, mas que expõe na poesia todas as sensações da vida. Já participou de Antologias Poéticas, a primeira foi lançada em Salvador, no Centro de Convenções, através da editora Litteris-RJ. O poema “Pontual” e “Abolição Já” já foi recitado respectivamente em Porto Alegre, na Casa de Cultura Mário Quintana, e em São Luis, no Centro de Cultura Negra.
Também no aspecto da contribuição histórica, a escritora Clari Couto, graduada em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana tem sido referência para teses de especialização e mestrado em diversas universidades brasileiras, com sua obra Orar e vigiar: o poder disciplinador da religião como representação do pecado na AD de Conceição do Coité, 1970 a 1990. UEFS. 2001.
Bandeira
A Bandeira do Município de Conceição do Coité foi instituída e oficializada em 1966 criada e pintada pela desenhista Vânia Maria de Araújo Almeida, primeiro ano da administração de prefeito Theognes Antonio Calixto.
Seu idealizador foi o próprio prefeito que encarregou o estudante santaluzense Damião Lopes, na época residente no município, de desenhá-la harmonizando e embelezando os símbolos.
Sincero devoto de Nossa Senhora da Conceição, a primeira ideia de Theogens; foi prestar homenagem a Nossa Excelsa Padroeira como rainha do nosso município, daí a evidência da “Coroa” na parte superior, em torno da qual brilham as estrelas da fé do povo coiteense. Na parte inferior está à lua lembrando o poder que Maria Santíssima tem sobre os astros, pois que esta acima de todos eles.
O sisal como o produto agrícola que impulsionou o progresso do nosso município, é ostentado no pano de base. É uma mensagem aos habitantes de Coité para que acionando a boa vontade procure incrementar o desenvolvimento do produto pelo estudo, pela pesquisa, mantendo essa cultura entre as primeiras em nosso município.
O azul representa o infinito, o alto para onde devemos sintonizar a nossa mente, o nosso corpo.
Prefeitos
Assista ao Hino
CN* Fonte Wikipédia