O prefeito de Valente, Marcos Adriano participou na manhã de sexta-feira, 09, da abertura da Feirafes (Feira da Agricultura Familiar, Economia Solidária e Reforma Agrária do Território do Sisal) cuja organização é da Fundação de Apoio à Agricultura Familiar do Semiárido da Bahia (FATRES).
O evento reuniu várias autoridades da sociedade civil, movimentos sociais, políticos, polícia e centenas de pessoas no auditório da Casa de Cultura Brasil, e o prefeito anfitrião no meio do seu discurso fez um desabafo em relação a publicação no site O Candeeiro, que segundo ele, na postagem cita que (Valente) no domingo (11) “será a capital da maconha no Sisal”
Marcos não escondeu a revolta e explicou que tudo isso pelo fato de a prefeitura ter contratado Isaac Gomes e Edson Gomes para se apresentarem na festa de emancipação política do município que completa 61 anos.
O prefeito pegou como grande ofensa a publicação e disse que ele não fuma maconha, mas sempre curtiu as músicas de Edson Gomes. Ouça
Veja o texto publicado na íntegra
Emancipação política de Valente terá bolo de aniversário de maconha
O Candeeiro tem a honra de publicar, na íntegra, texto do jornalista Eduardo Frederico, com o título acima: “Antes que aqueles que se dizem matar e morrer pelas minorias e pelas liberdades se incomodem com o título eu vou logo colocando o pingo nos is no parágrafo seguinte. A atração principal da festa de emancipação política de Valente – que até então não se sabe ser o pai ou o filho Gomes – tem a ideia do movimento rastafari como marca. O que chega até nós no Brasil é que o rastafarismo se trata de uma religião com elementos emprestados do judaísmo e até do cristianismo (?) e a crença prega a adoração ao deus Jah. Nascida na Jamaica na década de 30, foi popularizada pelas músicas de Bob Marley. Seus seguidores, os rastas, cultivam um modo de vida longe do capitalismo ocidental: se vestem à sua maneira, não cortam o cabelo ou “dreadlocks”, evitam aparar a barba, seguem uma dieta quase vegetariana, preferem tratamentos com ervas medicinais e abdicam de qualquer droga – a não ser a maconha, usada em rituais de meditação (?). Pronto, estaria aí o meu grande incômodo! Definitivamente, eu não concordo com o uso da maconha em ambiente público e nem com qualquer que seja a apologia a esta droga ilícita. Não posso ser hipócrita e dizer que não gosto das músicas, pois eu já fui a diversos shows de artistas desta vertente e gosto muito. Sou até fã da banda Diamba, por exemplo. Isso não quer dizer que para curtir seus shows eu não tenha que flutuar em nuvens de maconha em cada canto da festa. É isso que acontecerá na festa do próximo domingo – uma grande maconhada – e o prefeito sabe disso. Vamos ver se Marcos Adriano vai ficar doidão ao som da música “Inquilino das Prisões” ou se vai ficar “de cara” logo com a primeira parte desta música, que diz: “Quando eu morava na casa de satanás Eu era o seu prisioneiro, e fazia tudo por dinheiro, eu andava sempre no agrado dele…”. Eduardo Frederico é jornalista e morador de Valente – que no domingo (11) será a capital da maconha no Sisal”. “A vida nos pede coragem”, escreveu Guimarães Rosa. Ah, antes que eu esqueça, se alguém discordar deste texto, pode nos enviar o contraponto, que garanto publicar aqui no O Candeeiro.