Permitir que estudantes de municípios vizinhos às unidades da UNEB (Universidade Estadual da Bahia), UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz), UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia), UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana) e as federais UFBA (Universidade Federal da Bahia), UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) e UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia) tenham acrescido à média final da nota do ENEM o percentual de 15% ao disputarem vaga nas referidas instituições é o objetivo da indicação feita pelo deputado estadual Eduardo Salles aos reitores dessas instituições. A UFOB (Universidade Federal do Oeste da Bahia) já possui política similar.
Na terça-feira (20) o parlamentar apresentou a Indicação ao reitor da UNEB, José Bites de Carvalho, que afirmou enxergar na proposta “um fator de fortalecimento das relações e da possibilidade maior de que todo pessoal da região tenha prioridade no acesso aos cursos de graduação, o que vai favorecer o fortalecimento da produção e formação das pessoas locais”.
Eduardo Salles cita que as cotas regionais já são adotadas pelas universidades federais de Alagoas, Amazonas, Pernambuco e do Oeste da Bahia.
O deputado argumenta que o acesso às universidades por meio do SISU (Sistema de Seleção Unificada) é um avanço porque permite ao aluno que fez o ENEM concorrer às vagas em universidades de todo o país. Porém, ressalta o deputado, estudantes dos municípios vizinhos às instituições públicas, por diversos motivos da realidade educacional, têm mais dificuldade de aprovação, principalmente nos cursos mais concorridos.
“Nossa ideia é permitir que o acesso dos estudantes de municípios vizinhos aconteça com mais frequência. Precisamos propor políticas públicas que mantenham nossos alunos no interior, qualifique a mão de obra local e interiorize efetivamente o ensino superior na Bahia”, justifica Eduardo Salles.
Cabe às universidades adotar ou não a medida. Com relação à UNEB, o reitor garantiu que irá encaminhar a proposta ao CONSU (Conselho Universitário), que é a instância máxima da instituição, para tentar colocar em prática já no próximo ano.
“Reconheço a autonomia das universidades, mas acredito que é totalmente necessário oferecer aos estudantes dos municípios vizinhos essa política pública para aumentar o acesso deles aos cursos ofertados”, concluiu Eduardo Salles, que irá se encontrar ainda com os reitores das outras instituições para apresentar a Indicação.