Rodada após rodada o VAR tem causado polêmicas no Campeonato Brasileiro. Seja por não avisar o árbitro principal em momentos necessários, pela demora na tomada de decisões ou até mesmo por decisões questionáveis e aparentemente sem critério. Fato é que a tecnologia, que todos achavam que iria acabar com as polêmicas de arbitragem, está só aumentando os debates e discussões.
Mas, o uso de tecnologia no esporte, principalmente na arbitragem, não é exclusividade do futebol e não começou com o VAR. Outros esportes também apelaram aos árbitros de vídeo para tomar decisões mais acertadas. O assunto começou a se tornar popular no Brasil quando o Vôlei passou a permitir que os técnicos pedissem a revisão por vídeo de dois lances por set.
Para os americanos, porém, isso não é nenhuma novidade. Na NFL, a liga de futebol americano dos Estados Unidos, há revisão por vídeo desde 1999. Desde então, 37% das decisões de campo foram revertidas pelo uso da tecnologia. O sistema se chama Instant Replay, e como o próprio nome diz, a decisão é instantânea.
Na NFL, os técnicos também podem desafiar as decisões do árbitro, obrigando o uso do vídeo. Para isso, e também para estarem em contato com sua comissão técnica e seus jogadores, utilizam usam durante toda a partida um fone de ouvido Bose. Para muitos, isso é inviável no futebol, pois retiraria totalmente a autoridade dos árbitros da partida, dando margem a muitas polêmicas.
Outra diferença marcante é que lá a mesma equipe revisa os lances de todas as partidas da rodada, a partir de uma central de vídeo, não sendo necessária uma equipe de arbitragem completa analisando cada partida, como é no futebol brasileiro.
Na NFL, o juiz explica em um microfone cada decisão tomada, e o estádio inteiro ouve o que está acontecendo. Essa regra é um dos maiores clamores dos torcedores e comentaristas brasileiros, pois muitas vezes o VAR age sem nenhuma explicação, causando dúvidas e indignações. Recentemente, as equipes de arbitragem passaram a se manifestar após algumas partidas para explicar as decisões.
A maioria das pessoas acredita que um sistema parecido com esse salvaria todos os problemas da arbitragem no país, tornando a transparência na tomada de decisões um fator decisivo na melhora da qualidade do esporte como um todo.
Já na NBA, a liga americana de basquete, a prioridade dos juízes de vídeo é a rapidez, com o objetivo de aumentar a dinâmica do jogo, e não desacelerá-lo como vem acontecendo no Brasileirão. Para isso, todas as partidas contam com uma mesa com monitores que são comandados pela Central do Replay, que fica em Nova Jersey e está sempre pronta para tomar decisões o mais rápido possível.