Um assunto ganhou repercussão na cidade de Tucano na última sexta-feira, 03, principalmente nas redes sociais, após circular uma informação que a direção da Rede de Postos Brasil teria ‘expulsado’ uma criança de 11 anos que vendia lanches na área do Posto.
As pessoas se manifestaram com certo repúdio a atitude da direção do posto ao afirmarem que a criança costuma pegar a caixa de isopor quando não está na escola, para ajudar a mãe que reside nas imediações do posto, no entanto, na última sexta-feira, quando ele estava vendendo, o frentista teria atendido a ordem da direção do Posto para retirar a criança e muitos julgaram que a mesma foi tratada como ‘concorrente’ da lanchonete.
O Calila Noticias recebeu neste sábado, 04, uma nota de esclarecimento da Rede de Postos Brasil que lamenta a forma de como foi interpretada e que a decisão foi para atender a política de segurança da empresa, que está submetida às normas regulamentadoras de segurança do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.
“Desta forma, com o intuito de preservar, acima de tudo, a integridade física do menor, e em cumprimento às normas de segurança do MTE, o colaborador da empresa, com a devida educação, o abordou, informando que não poderia estar naquela área de abastecimento e explicando-lhe todos os riscos que corria”, diz trecho da nota.
Ainda segundo a direção do Posto,”Louvamos a postura de alguns jovens que, à frente da dificuldade financeira das suas famílias, buscam ajudá-las de alguma forma e, para isso, optam pelo caminho da dignidade, e não das ilicitudes. Todavia a empresa não pode ser indiferente, à vedação legal do trabalho infantil prevista na nossa Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (…)
Leia abaixo a nota na íntegra
A rede de Postos Brasil, por sua administração, vem a público, em respeito aos cidadãos tucanenses e aos seus clientes, esclarecer a situação envolvendo um menor de idade na área de abastecimento do posto matriz em Tucano.
A princípio, é importante registrar que a rede de Postos Brasil, ao longo dos seus quase 35 anos de existência, é tida como revendedora de referência e excelência no ramo de combustíveis na região, primando sempre pela qualidade dos seus produtos, serviços e, principalmente, pelas regras técnicas de segurança no espaço de seus estabelecimentos, a zelar, sobretudo, pela saúde e vida dos seus colaboradores, clientes e cidadãos.
Em razão, pois, da política de segurança da empresa, que está submetida às normas regulamentadoras de segurança do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, no último dia 03/01, um menor de idade, com 11 anos aproximadamente, foi visto desacompanhado de seus responsáveis, transitando no pátio do posto, comercializando produtos caseiros, todavia exposto a acidentes, com considerável risco para a sua saúde e sua vida, considerando o manejo frequente de produtos químicos e inflamáveis e o tráfego de carros altos e pesados.
Desta forma, com o intuito de preservar, acima de tudo, a integridade física do menor, e em cumprimento às normas de segurança do MTE, o colaborador da empresa, com a devida educação, o abordou, informando que não poderia estar naquela área de abastecimento e explicando-lhe todos os riscos que corria.
Cabe esclarecer ainda que, ao contrário das acusações que estão sendo divulgada nas redes sociais e sites de notícias locais, inclusive com infundadas e destemperadas colocações à família Arruda – proprietária do estabelecimento – , em nenhum instante, o menor foi humilhado ou tratado com descortesia pelo colaborador da empresa, sendo, sim, convidado para voltar à sua casa, com o único intuito de preservar seu bem estar e a sua integridade física.
Louvamos a postura de alguns jovens que, à frente da dificuldade financeira das suas famílias, buscam ajudá-las de alguma forma e, para isso, optam pelo caminho da dignidade, e não das ilicitudes. Todavia a empresa não pode ser indiferente, à vedação legal do trabalho infantil prevista na nossa Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, em defesa e em preservação dos direitos do menor, à sua integridade, ate porque caso a empresa seja indiferente a lei, a mesma, pode ser autuada e penalizada por órgãos de fiscalização, como MTE, por exploração de trabalho infantil ao consentir com o trabalho de menor, apesar da admirável causa.
Firme, assim, com as normas técnicas de segurança e com a sua responsabilidade legal e social, a rede de Postos Brasil lamenta, profundamente, que a sua conduta de preservar a integridade do menor, o seu bem estar e lhe evitar males maiores, como acidentes, tenha sido tão mal compreendida e usada, infelizmente, para tentar macular a imagem e credibilidade da empresa, construídas ao longo de quase 35 anos, e, além disso, com o intuito de agredir, gratuitamente, com ofensas, à família, inclusive à sua matriarca, uma senhora honrada no auge dos seus 79 anos, e que não se confundem com a empresa.
Enfim, a rede de Postos Brasil reafirma, por oportuno, o seu propósito de preservar os interesses e direitos da criança e do adolescente, fazendo parte da sua agenda o apoio e o fomento às instituições que desempenham, no campo social, atividades com crianças e jovens carentes, a exemplo de escolinhas de futebol, de capoeira e de música.
Desde já, agradecemos a atenção de todos e a oportunidade para melhor esclarecer essa situação e refutar a versão sobre o episódio que vem sendo, infelizmente, disseminada.
Atenciosamente, a Direção/ Rede de Postos Brasil.