Foi sepultado por volta das 16h50 desta quarta-feira, 19, no cemitério municipal de Conceição do Coité (cemitério velho) o corpo do caminhoneiro Wedson Lima Almeida, 35 anos, conhecido popularmente por “Suate”. Ele morreu em um hospital de Belo Horizonte no início da manhã de terça-feira, 18, onde estava internado desde sábado, após sofrer um acidente no pátio de um posto de combustíveis na cidade de Contagem, região metropolitana de BH quando tentava regular os freios da carreta cegonha que dirigia.
O corpo foi velado até às 16h e na saída familiares e amigos dispensaram o veículo da funerária e optaram por colocar o caixão no cavalinho de uma carreta que ele dirigiu por muito tempo e faltado cerca de 100 metros para o cemitério levaram o caixão nos braços, ao chegar no portão muita emoção e dor quando caminhões e motocicletas soltaram a buzina.
O primo de Suate, Landuval da Silva, popularmente conhecido por “Dinho” não escondeu a emoção pela perda repentina de uma pessoa com quem mantinha contato quase que diariamente. Ele que também cumpriu por muito tempo a missão de viajar pelo Brasil de caminhão, carreta, ônibus, lamentou o que aconteceu que resultou na morte de Wedson.
Diferente do que foi narrado no primeiro momento e na narrativa do vídeo abaixo quando foi publicado que Suate teria entrado debaixo do carro para regular os freios e uma peça se desprendeu e caiu sobre seu corpo, Dinho disse que não foi nenhuma peça, os pneus que atingiram ele enquanto estava debaixo da carreta cegonha carregada de carros.
Segundo Dinho é uma prática muito comum e fácil que qualquer caminhoneiro realiza. “Nós nem sempre encontramos profissionais onde paramos e por saber a técnica todos os caminhoneiros realizam. O motorista para em uma área plana porque precisa regular os freios com o carro desengrenado, só que em alguns casos o caminhão ou carreta se movimenta e ele por está deitado colado nos pneus acabam sofrendo o grave acidente”, contou Dinho enquanto citava o exemplo de um caminhoneiro da cidade de Filadélfia-BA que recentemente morreu quando realizava a mesma prática e o Calila Notícias publicou a reportagem no dia 10 de janeiro deste ano. (Relembre).
Ainda de acordo com Dinho, Suate foi levado consciente para o hospital, porém com suspeita de fratura em vários membros da cintura para baixo e ele queixava não sentir a parte inferior do corpo, seu estado de saúde passou a se agravar e evoluiu para o óbito.
Suate trabalhava com Jobson Silveira conhecido por Jobinho que estava na condução da carreta que levou o caixão. Ele deixa esposa e uma filha menor.
Padrasto de Suate foi sepultado há uma semana
Um fato vem chamando a atenção dos coiteenses que conhecem a histórico familiar de Suate. Seu padrasto Aldo Santos, faleceu no início da madrugada de terça-feira passada, dia 11. Ele (Suate) não participou do velório porque tinha viajado para esta que acabou sendo a última e trágica viagem.
Aldo que também foi caminhoneiro passou mal em casa depois que chegou da missa de 7º dia do amigo caminhoneiro Juarez que morreu vítima de infarto em Feira de Santana. Aldo tinha perdido o irmão Marcony Santos no dia 23 de janeiro que sofria com problemas renais. Portanto, tudo isso em menos de 30 dias.