Feira de Santana registra mais um caso de coronavírus, o terceiro no município. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou na tarde desta quarta-feira (11) o resultado positivo para exame laboratorial em uma mulher de 68 anos de idade, que contraiu o vírus da filha – segundo caso anunciado, semana passada.
A filha havia sido infectada pela patroa, de 34 anos de idade, primeira a contrair o vírus na Bahia. Residente em Feira de Santana, ela havia chegado de viagem a Itália (Roma e Milão).
A idosa, terceira mulher a contrair o coronavírus em Feira de Santana – e no Estado – está em quarentena (rigoroso isolamento domiciliar) desde que apresentou os primeiros sintomas. Na segunda-feira, dia 9, a Secretaria de Saúde providenciou a coleta de material para o exame em laboratório, cujo resultado saiu no dia de hoje.
A coordenadora do Comitê Municipal de Acompanhamento das Ações de Controle ao Coronavírus, médica Melissa Falcão, informa que os cuidados com a idosa, agora que se confirma ser portadora do vírus, devem ser redobrados.
A secretária de Saúde do Município, Denise Mascarenhas, está adotando as medidas necessárias para rigorosa avaliação médica da paciente, uma vez que o vírus se revela mais perigoso em pessoas com idade a partir dos 60 anos.
“Estamos atentos, tanto para o monitoramento no que diz respeito ao isolamento desta senhora, quanto ao seu estado de saúde. Também vamos intensificar a atenção para possíveis contatos que ela tenha feito antes de apresentar os sintomas e ser examinada”, diz a coordenadora.
Na mesma família, já havia dado negativo exames feitos nos dois filhos, na cunhada e no marido dela. Também negativo os exames das duas filhas da primeira infectada – a mulher que esteve na Itália –, a babá das crianças e um tio da paciente que trabalha como seu motorista.
Vírus circulante no estado
Este é o segundo caso de transmissão local do vírus, já sendo considerado circulante no estado. As amostras foram coletadas na residência e analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA), que a partir desta semana foi autorizado a realizar os exames para detectar diretamente o Covid-19, sem necessidade de contraprova em laboratório de referência nacional.
De acordo com o secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, caso haja necessidade, enfermarias podem receber mais equipamentos e serem transformadas em leitos de Terapia Intensiva. “O Estado tem trabalhado no sentido de entender como a epidemia tem se comportado e tentar diminuir a possibilidade de transmissão da doença”, afirma
Casos iniciais
O primeiro caso importado do novo coronavírus (Covid-19) na Bahia é de uma mulher de 34 anos, residente na cidade de Feira de Santana, que retornou da Itália em 25 de fevereiro, com passagens por Milão e Roma, onde aconteceu a contaminação. A paciente veio manifestar os sintomas depois de ter chegado ao Brasil. Já o segundo caso é o de uma mulher de 42 anos, trabalhadora doméstica, que teve contato domiciliar com a primeira paciente do estado com COVID-19, quando ainda esta ainda estava sintomática. As pacientes confirmadas para o Covid-19 são monitoradas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA) em conjunto com a Vigilância Municipal de Feira de Santana.
Notificações
De janeiro até às 17 horas de hoje (11), a Bahia registrou 187 casos notificados com suspeita clínica de infecção pelo novo coronavírus, sendo três confirmados, todos em Feira de Santana. Outros 133 foram descartados e 51 aguardam análise laboratorial. Ao todo, 25 municípios da Bahia fizeram notificações oficiais ao Cievs-BA. Ressalta-se que os números são dinâmicos e na medida em que as investigações clínicas e epidemiológicas avançam, os casos são reavaliados, sendo passíveis de reenquadramento na sua classificação. Um novo boletim, com dados atualizados, será divulgado às 17 horas desta quinta (12).
É importante pontuar que o paciente com diagnóstico positivo para o novo coronavírus pode cursar com grau leve, moderado ou grave. A depender da situação clínica, pode ser atendido em unidades primárias de atenção básica, unidades secundárias ou precisar de internação. Mesmo definindo unidades de referência, não significa que ele só pode ser atendido em hospital.
Os casos graves devem ser encaminhados a um hospital de referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.
Informações da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
Fonte: Acorda Cidade