Antes de entrar no assunto sobre as mudanças que ocorreram na política do município de Capela do Alto Alegre após a janela partidária, quando vários vereadores trocaram de partido, trataremos das atenções dos pré-candidatos que vão precisar se ligar mais em quociente eleitoral, que se tornou uma das maiores preocupações dos candidatos após o fim das coligações partidárias.
Até as eleições de 2016, um potencial ‘puxador de votos’ disputava o pleito e a grande quantidade de votos o elegia e “arrastava” outros dois, três ou mais candidatos daquele agrupamento, mesmo que estes tivessem resultados abaixo da média eleitoral. Por outro lado um candidato forte em uma determinada coligação tinha bastante voto, mas acabava ficando de fora porque tinha outros colegas ainda mais fortes que ele.
Com a mudança em 2020, a disputa agora não é para ter uma coligação mais forte, e sim legendas. Ou seja, a depender do resultado, um partido tradicional pode eleger um, dois ou até três vereadores, como também pode não eleger nenhum.
Em Capela do Alto Alegre, município localizado no território da Bacia do Jacuípe, na eleição de 2016, teve um desses candidatos considerados fortes, o Elison Tadeu Oliveira, do PSL, conhecido por Tadeu que obteve 425 votos, correspondente a 5,69% dos votos válidos e ficou na primeira suplência. Tadeu obteve mais votos que os vereadores Noilson Santos Matos, popularmente chamado de Ticha, na época filiado ao PDT, que obteve 381 votos e Valdener Araujo dos Santos, conhecido como Nei da Capelinha, filado ao PSB e obteve 397 votos. Ambos garantiram vagas.
Vereadores da situação e vice-prefeito foram para o PP e oposição ficou dividida em três partidos
Em 2016 apenas o vereador Rafael de Lindú foi eleito pelo PP e com a janela todos os colegas da bancada da situação lhe acompanhou; Kero, depois de disputar três eleições pelo PT, Marcelo do Ipiraí, que deixou o MDB, Raminho (PSL), Osvalcy Parente (PMB) e Tadeu (PSL), este último citado no texto acima estava na suplência e assumiu o mandato em 2019 quando o vereador Ronivaldo Ferreira se afastou para assumir a Secretaria de Assistência Social. Rony, como é conhecido o secretário não se afastou dentro do prazo para disputar a reeleição para vereador. Ele permaneceu no PRB e só resta a possibilidade de disputar a cadeira do executivo, sendo candidato a prefeito ou vice. Quem também migou para o Progressista (PP) foi o vice-prefeito Luís Romeu.
Depois de 12 anos o PT fica sem representante na Câmara –
O Partido dos Trabalhadores que elegeu Kero nas últimas eleições perdeu o parlamentar e outros militantes para o Progressista, porém o PT continua na ativa, não tem vereador, mas conta com o ex- vice-prefeito Celson Romeu atualmente secretário de infraestrutura. Como pode se observar, quem também perdeu representação na Câmara foi o MDB que tinha apenas Marcelo do Ipiraí. Solitários em seus partidos e com o fim das coligações proporcionais para vereador ele tinham chances mínimas de vitória.
REDE
Com a filiação dos vereadores Ney de Capelinha e Ticha ao Rede, a legenda liderada pelo advogado Sizino Oliveira fica com mais vereadores na oposição.
PROS
Partido que nasceu do movimento “Renova Capela”, não tinha representante na Câmara, na janela partidária recebeu a vereadora Jamille que deixou o PPS. O partido conta com figuras conhecidas no meio político, a exemplo do locutor Iraesto Moreira, os ex-vereadores Valdoberto Martins (Beto), Cristiano Párea, Dermival do Ipirai, além de Toinho de Adonias, ex-vice-prefeito, ex-prefeita Lúcia Nunes, Geninho ex-secretário de saúde e Ivan Santana, líder do movimento estudantil.
Se for mantido o cenário o PCdoB, PP, PRB e PT devem apoiar a reeleição do prefeito Claudinei Xavier Novato, enquanto o REDE, PROS, PDT e PSD deverão formar o bloco de oposição, que ainda não teve o nome do candidato a prefeito definido.