Contrária ao isolamento social para prevenir a disseminação do novo coronavírus, a médica cearense Lúcia Dantas Abrantes, 66 anos, morreu, na sexta-feira (10), por complicações da Covid-19. A confirmação do óbito foi feita pela Secretaria Municipal de Saúde de Iguatu, cidade do interior do Ceará.
De acordo com informações da repórter da Thayná Schuquel, do site Metrópoles, Lúcia realizava diversas postagens nas redes sociais minimizando os impactos do novo coronavírus. Em uma das publicações, ela divulgou sobre uma carreata contra a quarentena que iria acontecer na cidade de Recife.
A contaminação da médica pelo vírus teria possivelmente acontecido na cidade de Fortaleza, quando ela participava de uma outra carreta contra o isolamento. Logo após retornar para a cidade de Iguatu, Lúcia apresentou sintomas da Covid-19, testando positivo após realização de exames.
Ela chegou a ficar 10 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, mesmo entubada, não resistiu às complicações pulmonares.
Em outra postagem em seu perfil no Facebook no dia 27 de março, Abrantes chegou a comparar a nova doença com a H1N1. Ela afirmou que a influenza era mais perigosa e mais letal, e questionou o porquê de não levarem o mesmo cuidado. Após a morte da médica, as postagens na página foram apagadas.
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