Quatro vereadores de Conceição do Coité, município localizado no território do sisal, aproveitaram o período chamado de “janela partidária”, que encerrou na sexta-feira, dia 03, para mudarem de partido e participarem da eleição 2020, marcada até então para 04 de outubro. O Tribunal Superior Eleitoral – TSE estipulou seis meses antes da realização do primeiro turno do pleito como prazo final para filiações dos que não tem mandatos e pretendem disputar o pleito.
Pela bancada da oposição, três trocaram de partidos: Elizane Cana Brasil deixou o PSDB e migrou para o DEM, formando a bancada com os vereadores Nego Jai e César do Hospital que permaneceram no Democrata, partido liderado pelo deputado estadual Tom Araújo. Pedrinho da Sambaíba, ao lado de Lindo Neusa ficaram no PRB, ligado ao ex-prefeito Renato Souza. Deixaram o PSD os vereadores Iêdo Tanajura Cirino, que passou para o PP e Ernandes Lopes da Silva, conhecido por Ernandes de Tó, atual presidente da Câmara, que migrou para o PSC.
Pela bancada da situação, apenas o vereador Silvan Batista da Silva que foi eleito pelo ‘Chapão Livre’, deixou o PHS e migrou para o PT, cujo partido ficou com a maior bancada,ou seja, seis parlamentares. O Democratas ficou com a segunda maior bancada (três cadeiras).
O CN não obteve informações sobre o futuro do vereador Ivaldo Araújo, sabe apenas que ele se mantém filiado ao Solidariedade depois de fazer uma busca no TRE. O CN tentou contato através de mensagem com o parlamentar, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
Presença dos suplentes na Câmara
Buscando informações junto a ex-vereadores, em especial aos que exerceram mandatos há mais de três décadas, nunca na história do legislativo coiteense suplentes assumiram os mandatos como neste período de 2016/2020. Os suplentes são todos do PT.
Analene Ferreira da Silva permaneceu por mais de três anos substituindo o colega Rene do Sindicato que ficou a frente da Secretária da Agricultura. Este ano Analene deixou a Câmara para assumir a Secretaria de Saúde, permitindo que seu suplente, o líder sindical Ricardo dos Santos Tavares, conhecido por Léo do Sindicato, cumprisse seu papel no legislativo alguns meses. E neste mesmo período o vereador Danilo Ramos se afastou para assumir a Diretoria do Gabinete do prefeito Francisco de Assis, abrindo vaga para o líder popular Alexandre Nascimento Lima, cujo apelido traz a marca do movimento social Xande Revolution, ele é o único dos suplentes que continuou com mandato por conta da permanência de Danilo a frente da Diretoria do Gabinete.
Destino dos vereadores “carreira solo”
Um termo muito conhecido no meio musical, se referindo à carreira de um músico que deixou uma banda para cantar e tocar instrumentos sozinho. pode encaixar a realidade de três vereadores que ficaram sozinhos em seus partidos. São os casos de Araújo (SD), Ernandes (PSC) e Iêdo Cirino (PP).
Iêdo Cirino disse ao CN que tem seu projeto político e este foi discutido com o vice-governador João Leão e com o diretório estadual do PP, antes mesmo de se filiar a legenda. O progressista relatou que deverá disputar a prefeitura e serão lançados 23 candidatos a vereadores permitindo fazer uma boa bancada.
“Permita não divulgar agora, mas estamos discutindo com outros partidos a composição do vice. Os nomes para vereador são bons e estou certo que iremos ganhar a eleição. No momento certo iremos apresentar os nossos projetos e o povo de Coité verá que são os melhores”, falou Iedinho, como também é chamado.
O CN questionou se o PSC seria o partido com quem está conversando para compor a chapa, Iêdo concluiu que nunca conversou sobre este assunto com Ernandes de Tó.
O presidente da Câmara, Ernandes de Tô, confirmou que deverá ser candidato a reeleição e o PSC mandou filiar um bom número de pessoas que vão disputar vagas na câmara e ter força necessária para eleger uma boa bancada. Questionado se manterá mesmo a ideia de ser candidato a reeleição, pois andou sendo cogitado para prefeito, ele disse que no momento é inviável e que faz política com os “pés no chão”. “Só seria candidato se fosse com o apoio da oposição”, concluiu o Social Cristão.
Redação CN