Atento ao estado de vulnerabilidade social e insegurança alimentar sofridos pelos LGBTQI+, o deputado estadual Osni Cardoso sugeriu ao governador Rui Costa a inclusão de associações, fóruns e redes LGBTQI+ da Bahia no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O pedido foi feito através de indicação protocolada na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia.
No documento, Osni ressalta que além do Brasil ser o país com mais registros de assassinatos de LGBTQI+ no mundo (uma morte a cada 19 horas), também discrimina lésbicas, gays, bissexuais, trans e travestis no mercado de trabalho. Os dados apresentados pelo parlamentar mostram que 33% das empresas evitam a contratação; 66% dos trabalhadores já testemunharam situações de discriminação pela orientação ou identidade sexual no ambiente de trabalho e cerca de 90% das mulheres trans e travestis sobrevivem através da prostituição por não terem alternativas.
“Infelizmente a Bahia lidera o ranking de violações a direitos LGBTQI+ e as mais vulneráveis são travestis pobres, negras e da periferia. Com a inclusão das associações, fóruns e redes no PAA, conseguimos garantir a sobrevivência dessa parcela da população. Muitos são abandonados pela família, não conseguem inserção no mercado de trabalho ou sobrevivem através da prostituição e, por isso, se encontram em estado de necessidade alimentar e vulnerabilidade social”, concluiu o deputado.