Para definir estratégias de apoio aos municípios baianos, para a realização das feiras livres, gestores do Governo do Estado, das secretarias de Desenvolvimento Rural (SDR), Planejamento (Seplan), e de Desenvolvimento Econômico (SDE), se reuniram, por meio de plataforma virtual e entre as estratégias está à campanha ‘Viva a Feira’, que será apresentada à sociedade na próxima segunda-feira (25), com o objetivo de manter em atividade a comercialização de alimentos nas feiras livres, com cuidados especiais e um esforço conjunto de feirantes, prefeitura municipais, sociedade civil e Governo do Estado.
Durante a reunião, a Bahia foi tratada em seu conjunto, com atenção prioritária para os municípios que estão apresentando altos níveis de contaminação pela Covid-19.
De acordo com o secretário da SDR, Josias Gomes, o propósito é promover, dentro do que foi determinado pelo Governo do Estado, condições de saúde e higiene para que as feiras, que estão acontecendo em todo estado, tenham todos os equipamentos de proteção: “Queremos ajudar para que essa atividade tão importante aconteça dentro dos protocolos que a Secretaria de Saúde determina. Por isso o nosso esforço para que essas feiras aconteçam dentro das condições sanitárias estabelecidas, como distanciamento, barracas padronizadas e equipamentos de segurança, que incluem a doação de máscaras”, afirmou Gomes.
As ações contemplam distribuição de kit feirante, máscaras de proteção, álcool em gel, instruções com explicação sobre os cuidados que os feirantes devem ter ao participar das feiras livres. A SDR também entregará uma cartilha orientadora e um termo de adesão dos municípios que irão dar o regramento para o funcionamento das feiras.
Uma das feiras livres da cidade do interior que serviu de exemplo para as ações que o estado irá executar na campanha “Viva a Feira”, foi baseada na que acontece desde o dia 25 de março, todos os domingos na cidade de Ouriçangas, município localizado no território Litoral Norte e Agreste Baiano.
Segundo a diretora de Agricultura do município, Simone Santos, foram tomadas medidas de segurança para realização da feira livre, visando o abastecimento interno apenas com produtores rurais e comerciantes do município, no interior da central de abastecimento foi organizada as barracas com uma distância de cinco metros, disponibilidade de pia para a população higienizar as mãos e a entrada do mercado de carne é controlada por seguranças com o intuito de evitar aglomeração e evitar que pessoas sem máscaras.
“Para aumentar a segurança e conscientizar às pessoas, estamos distribuído máscaras artesanais tanto aos feirantes quanto a população”, concluiu a diretora da agricultura.
A Associação dos Produtores Rurais da Picada (ASPI) foi umas das entidades habilitadas pelo edital da CAR para confecção de máscaras artesanais, mas até o momento as costureiras não receberam materiais, a entidade continua juntamente com as costureiras desempenhando o seu papel social para enfrentamento da Covid-19.
Para adiantar o trabalho a entidade fez uma solicitação para o Fundo Baobá – Fundo para Equidade Social de recursos financeiros para confecção de máscaras, ”onde o recurso já está em conta, e a associação já começou a fazer a aquisição dos materiais para confecção das máscaras. Esta ação será concentrada na região quilombola onde a associação atua, distribuindo máscaras para os agricultores tanto nas suas atividades produtivas quanto ao público de risco”, falou o presidente ASPI, Antonio da Silva Filho.
Segundo nota da SDR, as máscaras estão sendo produzidas pelos empreendimentos que foram habilitados pelo edital público da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), que resultou em um catálogo, com a relação de 603 fabricantes de máscaras de face, de todo estado. Serão 15 costureiras na comunidade de Picada e segundo “Dona Lurdes”, elas podem confeccionar até 100 mascaras/dia.
23-05-20 -Após denuncia, feira-livre de Salgadália acontece mais organizada (vídeo TV Calila)