O município de Pintadas no território da Bacia do Jacuípe, nos últimos dias vem tendo um dos melhores índices de isolamento social da Bahia após o prefeito Batista da Farmácia decreta Lockdown nos próximos 15 dias.
A decisão de tomar medida radical foi após o número de casos do novo coronavírus disparar em menos de uma semana. Para se ter uma ideia do avanço da doença em Pintadas, na quarta-feira, dia 10, pela manhã tinham apenas dois casos registrados e um deles curado e outros dois suspeitos e noite o boletim fechou com cinco casos. Na noite do dia seguinte, quinta-feira, dia 11, já tinham 11 casos confirmados e 11 suspeitos, quando o prefeito decidiu pelo Lockdown, cujo anúncio aconteceu na sexta-feira, dia 12.
Mas antes do Lockdown um grupo de amigos se reuniu no fim do mês de maio para realizar um churrasco em uma residencia no centro da cidade descumprindo as orientações das autoridades de manter o isolamento social com a presença de 9 pessoas. Após se encontrarem na sede do município, o grupo resolveu seguir para a zona rural, onde finalizaram o encontro. Entre os convidados estavam pessoas de Ipirá, Senhor do Bonfim, Salvador e um enfermeiro que trabalha em uma unidade de saúde de Pintadas.
No domingo, 14, os casos já tinham chegado a 13, e 15 suspeitos, muitos deles participantes ou contactantes de pessoas que estiveram na festa. Também no domingo foi anunciada a segunda recuperação de paciente.
Na segunda-feira, dia 15, o boletim mostrava 22 casos confirmados e outros 22 suspeitos e nesta terça mais seis casos que elevou para 28. Outros 22 suspeitos e 170 em monitoramento.
O prefeito Batista teria confirmado ao Bnews que o aumento de casos tem relação com a festa promovida no fim do mês de maio. “Todas as pessoas que testaram positivo estavam no aniversário, mas não sabemos quem delas estava contaminada, se alguém de Senhor do Bonfim, Ipirá ou Salvador. Ele [o enfermeiro] tem ligação direta com a prefeitura. Antes dos novos casos só tínhamos dois, todos curados”, disse o prefeito.
Um cidadão que preferiu não se identificar disse ao Calila Notícias que está faltando um trabalho mais eficaz nas barreiras sanitárias. alegou que os grupos de vigilância epidemiológica abandonam muito cedo os pontos de abordagens e isto pode contribuir para entrada de mais pessoas infectadas, inclusive de outras cidades
Redação CN