As aventuras através do pedal tem de várias maneiras, fazer percurso longo não é novidade para os amantes do ciclismo Brasil afora, mas um pedal com mãe e filhos aventureiros residentes em Coité tem certa relevância.
Dulce disse ser amante do ciclismo, tanto que é membro do grupo Trilheiros da Caatinga e antes mesmo da criação do grupo já pedalava, uma forma encontrada para estar sempre perto da natureza e tem praticado as pedaladas com frequência e resolveu fazer uma aventura de grande escala.
De acordo com a empresária a ideia e motivação surgiu para fazer um pedal até Juazeiro, na divisa com o Estado de Pernambuco foi a vinda do seu filho Bruno Tuy de Salvador para Coité em virtude da pandemia, já que o trabalho dele é remoto e permitiu que ele fizesse do sítio onde residem.
programou a viagem e convidou a mãe, e saíram em pedalada no inicio de setembro. Mesmo acostumada com o pedal, Dulce deixou o esposo Ubaldo Tuy sobreaviso para que ele fosse ao encontro caso precisasse.
Veja como foi o roteiro por cada dia de pedal narrado por Dulce
Circuito Nordestino
1° Cicloviagem de Dulce e Bruno.
1° dia
Bruno Tuí, de férias, programou sua primeira cicloviagem. De início, não acreditei no percurso. Depois, me dei conta que ele estava falando sério. Daí me animei a acompanhá-lo até Cansanção – 139,5 km -, que foi a primeira parada.
Saímos do sítio às 04:50h, com nossas bagagens, e iniciamos nossa viagem. Passamos por Valilândia e paramos em Santaluz para o café da manhã. Seguimos pela Estrada da Mineração, pegamos chuva, muita lama, barro, pedras… Passamos na área do garimpo e logo após atravessamos o Rio Itapicuru. Seguindo, nos deparamos com 50 km de subidas íngreme até Cansanção – foi um trecho difícil, as bicicletas estavam cobertas de lama. mas vencemos e chegamos bem.
2° dia
No dia seguinte, 09.09, acordamos inteiros, sem dor, aí me animei a seguir em frente para a próxima cidade, Andorinha. Saímos tarde de Cansanção, pegamos muito sol. Neste percurso vimos a vegetação castigada pela falta de chuva, caatinga seca e muitos cactus, nossa companhia eram os bodes, tinha de todo tamanho e cor. Tivemos dificuldades em comprar água, daí pedimos nas casas próximo da estrada. Chegamos no meio da tarde, almoçamos e nos hospedamos na Pousada da Praça. Andorinha, uma cidade entre montanhas.
3º dia
No terceiro dia saímos de Andorinha, passamos em Villa Pilar (Jaguarari) e seguimos para Juazeiro da Bahia, completando todo percurso apenas em estradas de areia, barro, bico de pedra, dois pneus furados.
O percurso total segundo Dulce foi de 355 quilômetros de ida, o maior foi de Andorinha para Juazeiro, 148 km no tempo de quase 13 horas de pedal, ou seja, saiu de Andorinha às 04h40 e chegaram em Juazeiro às 17h, neste percurso teve que parar pra lanche e troca de pneus.
O pedal aconteceu de 8 a 10 de setembro. Mãe e filho descansaram o sábado e domingo em Juazeiro/Petrolina e pegaram a estrada de volta na segunda-feira, 14, pegaram novamente a estrada até Senhor do Bonfim, depois o município de Saúde, onde a bicicleta de Dulce apresentou problemas, como Ubaldo (esposo) estava acompanhando de carro no retorno desde Juazeiro, Dulce retornou de carro tendo contabilizado o percurso de mais de 500 quilômetros. Bruno concluiu pedalando, e fez o percurso de 826 km até Coité.
Veja o mapa de todo percurso