Não há mais pendências estruturais no Hospital de Campanha da Arena Fonte Nova. Todos os respiradores e equipamentos já estão disponíveis, restando apenas alguns detalhes na montagem. Com isso, o Hospital aguarda mais duas definições para voltar a operar. A primeira é definir quem será a Organização Social (OS) responsável por sua gestão e a segunda é a mais difícil: contratar profissionais de saúde para trabalhar no local.
O primeiro problema começa a ser resolvido hoje, de acordo com o titular da Superintendência de Atenção Integral à Saúde (Sais), Igor Lobão. O prazo para recebimento de propostas é logo pela manhã. Segundo Lobão, algumas empresas já solicitaram o edital e todo o trâmite deve ser finalizado em breve.
“As propostas de interessados serão entregues até amanhã [hoje], finalizamos o processo com o vencedor já para início imediato da gestão do hospital da Arena Fonte Nova. Algumas OS’s já requisitaram o edital e trarão propostas até esta quinta de manhã”, explicou.
O segundo problema é conseguir contratar profissionais. Lobão explica que há uma dificuldade natural de formação de equipes porque os profissionais ou já estão em alguma outra unidade de saúde e não têm carga horária disponível “ou estão simplesmente exaustos”.
Lobão disse que conta com o apoio da imprensa par a divulgação quando houver a abertura dessas vagas e que, logo que fecharem a OS que vai fazer a contratação, eles começarão a campanha para conseguir profissionais.
A Arena Fonte Nova receberá 50 leitos de UTI e outros 30 leitos de enfermaria.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), a cada 10 leitos UTI são necessários sete médicos, 14 enfermeiros, 20 técnicos e 7 fisioterapeutas. Somente para os leitos de Terapia Intensiva, o hospital precisará de 35 médicos, 70 enfermeiros, 100 técnicos e 35 fisioterapeutas.
“A mobilização de equipe é um dificultador em todo o Brasil. A estrutura física está pronta, só precisamos que a OS comece a operação”, afirma Igor Lobão.
Para os 30 leitos de enfermaria, a estrutura básica é composta por três médicos, seis enfermeiros, 20 técnicos e dois fisioterapeutas. Isso sem contar o pessoal responsável por hotelaria, higienização, segurança e alimentação da unidade.
Na primeira fase da pandemia, o hospital de campanha da Fonte Nova contou com 100 leitos clínicos e 80 de UTI. A capacidade total da unidade é de 240 leitos, sendo 140 clínicos e 100 de UTI, que foram liberados progressivamente. Ele foi aberto em maio pelo governo do estado, com parceria da prefeitura de Salvador.
Fonte: Correio