Em sua primeira edição de 2021 do Papo Correria nas redes sociais, na terça-feira (2), o governador Rui Costa respondeu aos questionamentos dos internautas sobre a retomada das aulas na Bahia.
Rui antecipou que o calendário escolar deve ser aberto quando houver segurança sanitária suficiente para reduzir os riscos de contaminação pela Covid-19 e a partir de uma reunião com a União das Prefeituras da Bahia (UPB) para alinhar os procedimentos de volta às aulas antes mesmo da imunização da maioria da população. Ele frisou sobre a escassez de vacinas em todo o mundo e a lentidão do Governo Federal em tomar decisões para assegurar a aplicação de um maior número de doses das opções já adotadas em outros países.
“É o chamado fio da navalha como a gente gosta de dizer, uma decisão muito arriscada e muito tênue para tomar em função disso, eu solicitei o estudo da Sesab sobre parâmetros que a gente possa adotar para eventualmente autorizar ou não, ou quando autorizar o início das aulas. Então sexta-feira próxima eu marquei uma reunião com a UPB com a presença do prefeito da capital, om os técnicos da Sesab, da Secretaria de Educação para a gente fazer uma apresentação desse estudo. A Sesab vai fazer e a gente tentar encontrar e definir conjuntamente com os prefeitos, parâmetros para o retorno as aulas. Nós fizemos e divulgamos amplamente desde outubro, todo um protocolo de segurança para a volta as aulas está tudo preparado desde o mês de outubro”, declarou.
O governador salientou ainda que 100% das escolas de todo o estado passaram por intervenções como instalações de dispenseres de álcool gel, pias adicionais para a lavagem de mãos em todas as escolas e recuperação todos os banheiros. De acordo com ele, o objetivo é criar condições de infraestrutura capazes de garantir a higienização.
Sobre o retorno às aulas, ele informou que a ideia é voltar as turmas de forma separada e alternando os alunos por dias da semana.
“Nós colocaríamos metade da turma segunda, quarta e sexta e a outra metade, terça quinta e sábado. Para só ter metade dos alunos da escola em casa turno, mas nós queremos discutir com cuidado, qual o parâmetro que a gente usa, por exemplo, nós queremos considerar a taxa de ocupação de UTI, o indicador das mortes diárias e a questão do crescimento da doença. Vamos conversar na sexta e eventualmente anunciar qual o parâmetro que nos norteará para a retomada as aulas. Evidente que com a chegada de mais lotes de vacina isso vai dando mais segurança para a tomada de decisão e é sempre uma decisão difícil. De um lado se a gente eventualmente pode expor as pessoas principalmente que vão trabalhar na escola e de outro a gente está com os jovens tanto tempo sem aula, jovens de baixa renda, vulneráveis. O monitoramento da área social, da área de segurança indica uma vulnerabilidade crescente e um número de vítimas crescente entre os jovens expostos que poderiam estar na escola”, concluiu.
Fonte: Acorda Cidade