Antônio Ricardo médico e diretor do Hospital José Mota Araújo, em Valente, município do território do sisal gravou um áudio neste domingo, 14, para relatar a situação que se encontra a unidade de saúde em relação aos pacientes com diagnóstico da Covid-19.
O médico não escondeu a preocupação de colapso, já que segundo ele está com a capacidade instalada em super lotação, ao todo são sete pacientes internados, porém só dispõe de apenas quatro leitos da ala covid e que vem encontrando dificuldade de transferir os pacientes para outros hospitais de referência por falta de vagas e poderá chegar ao ponto de não ter espaço para atender a todos.
Outra preocupação externada pelo médico é o oxigênio que está praticamente no limite, o consumo mais que dobrou e está sendo preciso recorrer a outras unidades e municípios vizinhos, porque os fornecedores já não dispõe de oxigênio.
A falta de oxigênio entre os meses de janeiro e fevereiro provocou a morte de centenas de pessoas no Estado do Amazonas, principalmente na capital Manaus. Foi preciso enviar pacientes que dependiam dele para outros seis estados. Parentes de pessoas internadas tiveram que comprar cilindros com o gás por conta própria.
A falta de oxigênio já é uma realidade no Município de Queimadas distante cerca de 60 km de Valente. No últimos dias o prefeito André Andrade gravou um vídeo alertando para a gravidade do problema.
O vice-prefeito de Queimadas Cloudes Rios disse no sábado que precisou sair em busca de cilindros em outros municípios, inclusive carregou nas costas o equipamento. “Estamos vivendo um filme de terror”
O último boletim epidemiológico publicado pela prefeitura de Valente foi sexta-feira, dia 12, com 113 pessoas com vírus ativos, destes, 08 hospitalizados e 105 em isolamento domiciliar. Quinze morreram por complicações da Covid-19.