É muito comum encontrar nas residencias aquelas caixas que guardam remédios que não são mais utilizados e nem jogados fora, muitos deixaram de usar por ao ingerir o medicamento, teve algum tipo de reação adversa e o médico pediu que suspendesse o tratamento, outros compram uma quantidade e por algum motivo não faz uso até o final.
A comerciante Gleide Oliveira Boaventura, ela que atualmente preside o Conselho Comunitário de Segurança Pública de Coité (CONSEG) teve uma ideia e iniciou uma campanha de arrecadação desses medicamentos que estejam bem conservado e com o prazo de validade vigente para doar aquelas pessoas que precisam e não podem comprar. Ela publicou em redes sociais a campanha e duas semanas depois já recebeu centenas de caixas de medicamentos.
Gleide disse ao Calila Notícias que alguns anos atrás teve essa ideia, mas não colocou em prática, após passar por uma experiencia recente com uma pessoa da família que foi ao médico e ele receitou com um medicamento “e quando tomou o segundo comprimido, ela não se sentiu bem, teve efeitos colaterais e foi orientada a suspender o tratamento, e assim a gente conhece muita gente que deixa de tomar, mas que pode ser útil pra outras pessoas”, afirma Gleide.
O CN então perguntou a comerciante como seria a distribuição, já que muitos medicamentos, aliás, todos devem ser receitados pelo médico e ela disse que neste projeto tem o aval dos profissionais de saúde. “Numa revisão médica com um familiar, eu conheci uma médica cuja mesma realiza também trabalho voluntário com outros colegas aos sábados e falei pra ela dessa minha ideia só que tinha receio e ela me deu todo apoio, no consultório dela mesmo publiquei em redes sociais a quase 15 dias e já arrecadei uma boa quantidade de medicamentos”, disse.
O ponto de arrecadação vem sendo na loja de Gleide que fica no centro da cidade, porém, segundo ela, após conversar com amigos médicos, de laboratórios e farmácias foi orientada a procurar um órgão público por acreditarem que o projeto vai crescer e muitos vão precisar adquirir a medicação com apresentação de receita e por não ser da área de saúde, não poderia fazer a distribuição. “Procurei a farmacêutica Milena que atende o município e me deu todo apoio, depois conversei com Jamille Sena, secretária de Saúde que além de abrir todas as portas, parabenizou a iniciativa e disse que eu podia contar com a Secretaria.
Gleide ficou de encaminhar todo medicamento arrecadado para a Secretaria e juntamente com os servidores da Secretaria traçar uma logística de distribuição.
Além de medicamento recebido de pessoas que tinham em casa, Gleide disse que recebeu também de alguns médicos, amostras grátis.