As investigações da Polícia Federal dentro da “Operação Carga Viral”, que cumpriu seis mandados de busca e apreensão em Juazeiro, no norte da Bahia, apontam envolvimento de pelo menos cinco empresas envolvidas em suspeita fraude de licitação na compra de insumos de combate à Covid-19 no município na gestão que encerrou o mandato no ano passado no município.
A ação ocorreu na manhã desta terça-feira (13) e teve ordem cumprida também em um endereço em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, e outro em Petrolina, cidade pernambucana vizinha a Juazeiro.
Agentes da PF e Controladoria-Geral da União (CGU) apreenderam computadores e smartphones, que serão utilizados para apurar se há o envolvimento de servidores públicos no esquema que, segundo a polícia, causou prejuízo de cerca de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos.
O superintendente da Controladoria-Geral da União (CGU) na Bahia, Ronaldo Machado, afirmou que foram superfaturados contratos para a compra de kits de teste-rápido, máscaras, luvas e protetores faciais e há indícios de um conluio envolvendo as empresas e servidores da antiga gestão da prefeitura de Juazeiro.
“A dispensa de licitação foi feita com várias irregularidades. As empresas que participaram dessa pesquisa, convidadas pela prefeitura, tinham vínculos entre si, inclusive familiares, e atuaram em conluio, sem quer tipo de concorrência. Além disso são empresas que não demonstraram capacidade operacional ou histórico de vendas desses produtos”, afirmou Machado.