O governo Federal promoveu na Polícia Rodoviária Federal (PRF) um dos condenados pela morte do índio Galdino Jesus dos Santos. De acordo com o jornal Extra, em janeiro do ano passado, Gutemberg Nader de Almeida Júnior assumiu um cargo comissionado na PRF, onde é servidor concursado. Ele é um dos cinco jovens que queimaram vivo o indígena pataxó em Brasília, em abril de 1997.
Júnior foi nomeado para o cargo de chefia da Divisão de Testes, Qualidade e Implantação da PRF. A informação consta no Diário Oficial da União publicado em 3 de janeiro de 2020. Enquanto desempenhou a função, ao longo de 11 meses, o policial recebeu gratificação no valor de R$ 2.064,00.
O índio Galdino foi assassinado enquanto dormia em um ponto de ônibus em Brasília. Os cinco jovens de classe média condenados pelo crime disseram que queriam “dar um susto” e fazer uma “brincadeira”.
O assassino cumpriu medida socioeducativa de liberdade assistida, pois era menor de idade na data do crime. Max Rogério Alves, Antonio Novely Vilanova, Tomás Oliveira de Almeida e Eron Chaves Oliveira foram condenados no júri popular por homicídio doloso (com intenção de matar) em 2001. Eles receberam pena de 14 anos de prisão, em regime integralmente fechado, mas em 2004 ganharam direito à liberdade condicional.
Polícia Civil
Segundo a reportagem, antes de ser aprovado na PRF, Júnior passou em um concurso da Polícia Civil do Distrito Federal, mas foi impedido de tomar posse na etapa de sindicância de vida pregressa e investigação social do concurso.
Entre as exigências para aprovação, estava a de “ter procedimento irrepreensível e idoneidade moral inatacável, os quais serão aferidos por meio de sindicância de vida pregressa e investigação social”.
Fonte: BNews