A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, nesta quinta-feira (25), duas notas técnicas com orientações sobre a entrada de viajantes no Brasil. A agência recomenda que o governo brasileiro exija apresentação de certificado de vacinação contra a covid-19 de viajantes que chegam de outros países.
A ideia é ajudar na tomada de decisões dos ministérios, oferecendo uma recomendação técnica em relação a possíveis restrições na entrada de pessoas ao Brasil. As notas já foram enviadas à Casa Civil no último dia 12.
Uma das notas tem recomendações para quem chega por terra e outra para quem chega de avião. A recomendação para exigir a vacinação está nas duas.
“A inexistência de uma política de cobrança dos certificados de vacinação pode propiciar que o Brasil se torne um dos países de escolha para os turistas e viajantes não vacinados, o que é indesejado do ponto de vista do risco que esse grupo representa para a população brasileira e para o Sistema Único de Saúde”, justifica a Anvisa nos dois textos.
Se o Ministério da Saúde acolher a recomendação, o visitante que vier ao Brasil deverá estar vacinado com as duas doses da vacina contra covid-19 há pelo menos 14 dias. No caso de transporte aéreo, deve ainda apresentar um teste negativo para a doença.
No caso de transporte terrestres, profissionais do tranporte de cargas ficariam dispensados da exigência. Também poderiam ser dispensados os que vêm de países “em que cobertura vacinal tenha atingido a imunidade coletiva ou que esteja em níveis de cobertura vacinal e contexto epidemiológico considerados seguros.”
Quarentena
A Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda a exigência da vacinação por conta da desigualdade dos dados da imunização por todo mundo. A maioria dos países pobres ainda está bem atrás na vacinação.
A Anvisa diz que respeita a OMS e afirma que o passaporte vacinal não seria a única maneira de entrar no Brasil. “Se o viajante, por qualquer razão, ainda não estiver vacinado, ele deverá se submeter à quarentena, conforme manifestações reiteradas da Anvisa desde novembro de 2020”, diz a agência.
Fonte: Correio