O rural e o virtual no Quilombo do Maracujá é uma ação premiada e financiada pelo governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura (Prêmio Cultura na Palma da Mão/PABB), via Lei Aldir Blanc, redirecionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Este projeto apresenta como proposta principal a inclusão digital de crianças (estudantes da Escola Municipal Maria Rita Marcelina Silva), localizada no quilombo do Maracujá, em Conceição do Coité. Foi idealizado e coordenado pela professora do quilombo, Raiane Cordeiro, e tem como proponente a integrante da comunidade, Marivania Silva. Dentre as ações previstas estão: instalação de pontos de internet para todos/as os/as estudantes da Escola Municipal Maria Rita Marcelina Silva (compra de roteadores e pagamento de mensalidades); lançamento por meio de livedo livro infantil “A riqueza do lugar: história da Comunidade Quilombola do Maracujá”, história que permite aos leitores conhecer a comunidade, seu povo, sua cultura e um pouco dos desafios cotidianos enfrentados por ela; e, por fim, a distribuição gratuita de exemplares para todas as crianças da escola.
A Comunidade Quilombola do Maracujá, certificada desde 2014, sofre com a carência de atenção do poder público frente as necessidades básicas como água encanada, trabalho, além de situações de preconceitos que, em pleno século XXI, ainda são “sentidas na pele” por moradores do quilombo.
Durante o período da pandemia da covid-19, o Quilombo do Maracujá enfrentou mais um desafio no que se refere ao fechamento da escola e a necessidade de aulas remotas. Nesse contexto, a falta de acesso a internet se tornou um complicador no âmbito da educação, o que refletiu em dificuldades no processo de ensino e de aprendizagem e, consequentemente,em pouco retorno das atividades remotas propostas pela escola do quilombo, situação que foi revista e adaptada visando minimizar os danos de aprendizagens para os/as alunos/as da comunidade.
Diante do cenário, consideramos uma grande conquista a possibilidade de proporcionar acesso a internet, mesmo que por tempo limitado, (entre dois a três meses) para esses/as estudantes. A ação é um pontapé inicial para a democratização e contato com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). É óbvio que apenas com essa ação não resolveremos todos os problemas, no entanto, poderemos oportunizar às crianças a possibilidade de complementação nos estudos, visto que o acesso a internet propicia também um contato com um vasto mundo de ideias, além de um espaço de voz e de visibilidade por meio das mídias digitais para a Comunidade Quilombola do Maracujá.
A live de lançamento do livro será no dia 24 de fevereiro de 2022, às 19h, no canal do YouTube“Entre o rural e o virtual”, com a participação da professora Raiane Cordeiro, autora do livro; a proponente Marivania Silva e depoimentos de outros membros da comunidade quilombola sobre as suas impressões e perspectivas com relação a implementação do projeto.
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