É muito comum nas rodas de conversas relacionadas à pandemia do novo Coronavírus que teve um longo período de restrições para evitar a propagação da doença, incluindo o pedido para que as pessoas ficassem em casa, nas mais diversas reuniões as pessoas criticavam os políticos, responsáveis pela assinatura dos decretos principalmente alguns chefes do Executivo estaduais, municipais que pediam para que as pessoas ficassem em casa, mas alguns eram vistos aglomerando em eventos, muitas vezes contrariando o próprio decreto, assim como fazia o líder maior do País.
A deputada estadual Fátima Nunes (PT) disse que cumpriu rigorosamente os decretos com a determinação e orientação dos principais órgãos de saúde desde que a OMS (Organização Mundial de Saúde) reconheceu a pandemia no mundo inteiro em fevereiro de 2020, quando todos municípios do Brasil iniciavam a pré-campanha para eleger prefeitos, vices e vereadores.
O Calila Noticias fez uma entrevista com a deputada no último domingo, 24, depois que ela participou de um evento em Serrinha promovido pelo seu partido, o Programa de Governo Participativo (PGP) com a presença do pré-candidato ao Governo pelo PT, Jerônimo Rodrigues.
Fátima Nunes disse que só agora está ‘dando às caras’ em eventos com grande quantidade de pessoas, segundo ela, os dois últimos anos foram muito difíceis para sua pessoa que estava acostumada frequentar missa, reza, pagode, sentinela, cavalgada, romarias e tantos outros eventos populares e teve que dá uma parada a partir do dia 17 de março de 2020 quando recebeu a orientação da OMS, do governador Rui Costa e o secretário de Saúde “determinou o fique em casa e eu obedeci, à época eu tinha 68 anos, uma mãe com cem anos, e eu não tinha outra alternativa naquele momento onde todo mundo estava em pânico, ao não ser ficar em casa”, relatou a deputada.
Fátima Nunes reconhece que as pessoas nem sempre concordavam com a orientação dos órgãos de saúde para ficar em casa e ela mesma testemunhou pessoas conhecidas e teve até um filho infectado – Ouça
A deputada disse que durante oito meses correspondente ao período que esperou para vacinar com a primeira, e segunda dose e dose de reforço praticamente ficou sem fazer campanha política, mesmo tendo apoiadores na disputa pelas dezenas de municípios que representa. “Posso dizer que só saí de casa para ir em audiências com governador ou em secretarias do Estado em novembro do ano passado (2021) ainda assim com presença de cinco, seis pessoas, e liberdade mesmo pra participar de eventos públicos com quantidade maior de pessoas somente aconteceu neste mês de abril, quando a assembleia legislativa voltou a funcionar presencialmente, mas reafirmo que foram dois anos de muita restrição”, garante a petista.
Sobre o sacrifício feito principalmente no ano 2020 com eleições municipais, ela tendo que ficar em casa, a parlamentar disse que não se ausentou totalmente, já que fez campanha através da internet, “participando de lives, mandado carta, telegrama, telefonando para pedir o voto aos amigos para os candidatos apoiados por mim. Teve alguns lugares que as pessoas sentiram a minha falta e até reclamaram, se chatearam sem entender muito, mas é aquilo que eu digo, a gente primeiro tem que preservar a vida”, disse.
O CN perguntou se a deputada não teve prejuízo político por se ausentar da campanha eleitoral de 2020 pelos motivos já explicados, segundo ela tem percebido muita firmeza – Ouça
Fátima Nunes tem como slogam do mandato do Sertão ao Litoral, alusivo a sua presença marcante no municípios que compõe o território de identidade Nordeste II (sua origem) já que é natural de Cicero Dantas, Sisal, Litoral Norte e Agreste Baiano, Piemonte Norte do Itapicuru e Portal do Sertão onde tem representantes.
Fátima Nunes ficou na suplência quando concorreu pelo PSDB na década de 1990 e assumiu por dois anos. Já pelo Partido dos Trabalhadores foi eleita em 2006 e se reelegeu em 2010, 2014, 2018 e acredita que toda sua dedicação ao longo desses últimos 16 anos as suas bases, irá alcançar o Penta.