Há 20 anos, no dia 4 de agosto de 2002, o Paysandu Sport Club garantia o maior título da imensa galeira de troféus nos mais de 100 anos de clube. Diante do Cruzeiro, em um jogo emocionante, que acabou decidido nos pênaltis, o Papão conquistava a Copa dos Campeões e, de quebra, faria história ao ser o primeiro e único clube do norte do Brasil a disputar a Libertadores da América.
A geração de 2002 do Papão foi vencedora. O ano teve a tríplice coroa bicolor. E um dos principais nomes foi Vandick, centroavante, natural de Conceição do Coité interior da Bahia que marcou história com o manto bicolor. Ele marcou três gols no jogo decisivo contra o Cruzeiro.
O ex-atacante garante que depois de levantar a taça, muitos jogadores foram considerados ídolos da torcida. “Não tenho dúvida nenhuma que todos que participaram da campanha tiveram os nomes eternizados na história do Paysandu. Temos consciência que foi a maior do Clube. Foi tão grande que demoramos a cair a ficha”, disse.
O adversário também somou muito para que a conquista fosse tão gigantesca. O Cruzeiro era formado por jogadores já consagrados e craques que viriam a defender a Seleção Brasileira, como Luisão, Maicon, Cris. “Foi uma conquista gigantesca. Qualquer adversário iria eternizar. O Cruzeiro tinha elenco maravilhoso. Tinha jogadores que já tinham brilhado em outros clubes. Foi algo marcante pra todos nós. Foi um jogão. Mas o Paysandu se agigantou e conquistou o título”, relembra Vandick.
Vandick relata que até os torcedores mais jovens fizeram questão de registrar o encontro com os ídolos. “Na verdade, no jogo festivo, tinha muita gente nova que não viu o título. Mas os mais novos foram os que mais tietaram a gente. Fiquei 30 minutos tirando fotos. Com certeza os pais falaram bem e os mais novos conhecem”.
Vandick também revelou que mantém contato com todos os jogadores daquele elenco. “Temos um grupo no WhatsApp que a gente se fala todo dia. Ninguém se chateia com as brincadeiras. O grupo não era só bom de bola, era um bom elenco. A gente tinha prazer em jogar, em treinar na Curuzu”.
Vários jogadores daquele time fizeram história no Paysandu e tiveram seu futebol revelado para o restante do Brasil. “Muitos se destacaram e saíram. O Magno foi pro Japão, Sandro foi pro Grêmio. Muito se valorizaram. O Título abriu os olhos do Brasil”, explica Vandick.
O ídolo reconhece que o Paysandu foi de grande importância para carreira no futebol, que dura até hoje. Atualmente Vandick é executivo de futebol do Carajás. “O que conquistei no Paysandu me abriu muitas portas. Sou reconhecido quando chego. Sou muito bem tratado, recebo convites. Tudo isso que conquistamos abriu as portas pra todo mundo. Especialmente pela torcida do Paysandu, mas não só pela torcida bicolor. Fico feliz em ter chegado aqui no Pará em 2001 e estou melhor do que quando cheguei. Graças a Deus as conquistas me deram a condição de ser presidente do clube e ainda consegui me eleger três vezes pra vereador”.
Na atual Série C o Paysandu já garantiu classificação ao quadrangular. Vandick espera que a torcida continue abraçando o time em busca do acesso. “A torcida do Paysandu tem que fazer o que vem fazendo. Eles dão um show, lotam a Curuzu. Agora o quadrangular é outra competição. É importante entrar no quadrangular com o mesmo espírito de luta. E tenho certeza que a torcida vai contagiar”.
Reportagem Site Roma News