Familiares do ajudante de serviços gerais, Silvonei Silva de Almeida, 30 anos, conhecido como Ney, natural de Ladeira, Comunidade rural de Conceição do Coité, município localizado no território do sisal, querem saber onde estão os autores e o real motivo de sua morte a tiros no dia 16 de julho deste ano, na cidade de Petrolina, divisa com Juazeiro na Bahia.
Um dos seus irmãos, que preferiu se identificar apenas pelas iniciais T.S.A., procurou o CN e contou que Ney saiu para trabalhar em Itabuna, depois foi a Porto Seguro, cidades do Sul da Bahia, aonde conheceu Daniela Albertino dos Santos, “Danny”, com quem passou a conviver, tendo deixado a esposa com quatro filhos na comunidade de Ladeira.
A informação do crime, segundo o irmão, chegou à família através de um ex-patrão de Ney que mora em Porto Seguro, sua segunda parada, depois que saiu de Coité para “ganhar a vida”. Ele disse ao CN que ficou sabendo que seu irmão havia sido baleado e estava internado no Hospital de Trauma, em Petrolina e que o mesmo (ex-patrão de Ney) tomou conhecimento do fato através de Danny. “O patrão perguntou a Danny, por quê não avisou diretamente a família? E ela não soube dizer. Assim ele mim falou”, contou T.S.A. Ele disse também ao CN, que dias antes do fato, Ney passou em Coité e levou o filho mais velho, de apenas 7 anos, para Juazeiro.
T.S.A disse que ao tomar conhecimento do ocorrido, foi a Petrolina, vizinho a Juazeiro onde constatou que realmente seu irmão estava internado, em estado grave e não encontrou Danny para conversar pessoalmente para entender o caso, manteve contato pelo telefone dela e a mesma lhe contou que Ney teria sofrido um assalto, atiraram nele e levaram seu carro. “Até ai, sem problema. Apenas lamentamos o corrido”, falou o irmão da vítima.
O mais estranho de tudo, segundo T.S.A, foi Danny ter vindo a Coité sem avisar, enquanto ele seguia para Petrolina. “Ela veio trazer meu sobrinho e antes da estrada de acesso a Ladeira, ainda na via principal que liga a cidade ao Distrito Juazeirinho, encontrou com um mototaxista e mandou que levasse o menor para entregar a avó ou a mãe. Ela veio no carro do meu irmão, conforme imagem de câmeras de segurança instaladas nas chácaras que ficam no trajeto”, afirmou o familiar enquanto mostrava uma imagem do veiculo VW modelo Polo, placa policial DRO-4861 licença de Santana da Parnaíba, São Paulo.
Pouco dias depois Danny aparece morta
Dez dias depois da morte de Ney, o corpo de uma mulher sem identificação foi encontrado no bairro Bomfinzão, na cidade de Barro Preto no sul da Bahia, região de Itabuna. A mulher trajava blusa rosa e short jeans, com uma tatuagem de uma coroa na perna esquerda e o nome de Silvonei, sendo identificado com sendo o corpo de Danny, ex-companheira de Ney da Ladeira.
A policia divulgou as fotos e está a procura de Ricardo Domingos Santos e Kaique Cardoso Oliveira. Ricardo tem um mandato de prisão em aberto na Comarca de Itabuna, enquanto Kaique Cardoso responde a um processo crime no estado de São Paulo. O endereço de Ricardo no mandado de prisão é exatamente onde Danny foi encontrada morta, portanto, estão sendo procurados como principais suspeitos.
Danny tentou matar a filha de 1 ano envenenada
Segundo o CN apurou, em 2015, Danny morava em Eunápolis e tentou matar a filha de 1 ano e 8 meses colocando chumbinho na mamadeira, (veneno geralmente utilizado para matar ratos). Quando viu o desespero da filha, chamou a policia e a criança foi levada as pressas para o hospital onde foi feita uma lavagem estomacal para a retirada do veneno, o que conseguiu salvar o bebê.
Na entrevista acima Ney não conhecia Danny. O coiteense Ney passou a se relacionar com ela, depois que a mesma deixou o presidio, sem saber que ela já tinha cumprido essa pena.
A esperança dos familiares de Ney é que os mesmos sejam presos e o caso esclarecido. “Queremos saber o que realmente aconteceu com meu irmão e os culpados sejam punidos”, concluiu T.S.A.
O carro de Ney também continua desaparecido.