O Calila Noticias publicou a reportagem da prisão do suspeito de ter matado o vaqueiro Francelino de Jesus Souza, 58 anos, dentro da casa onde morava na Fazenda Mulungu, distante 6 quilômetros da sede de Retirolândia, cujo o corpo foi encontrado sentado numa cadeira e o rosto desfigurado aparentando disparo de arma de grosso calibre, mas depois da perícia técnica foi descartado, e que o objeto usado teria sido um machado.
Nossa reportagem não conseguiu falar com a delegada titular Rosângela Batista e trouxe a informação extra-oficial que o boné e a penca de chaves deixados no terreiro da casa teria sido imprescindível para elucidar o caso.
No inicio da tarde desta quarta-feira, 23, nossa reportagem conseguiu o contato com a delegada que prontamente aceitou conceder entrevista para falar do caso. Doutora Rosângela contou com detalhe todo trabalho de investigação até chegar ao autor do crime identificado pelo prenome Ilário, ela fez questão de frisar que não foi usada arma de fogo nem machado, e sim uma marreta.
Segundo a delegada as investigações começaram justamente pelo boné e a penca de chaves, o boné foi levado para perícia técnica em Serrinha a fim de tentar através do fio de cabelo chegar ao autor do crime, enquanto a penca de chaves lhe foi entregue na terça-feira, 22, pois, na segunda-feira, ela atendeu em São Domingos.
“Ontem, ao receber a penca de chaves das mãos do nosso terceirizado, ele me disse: olha, provavelmente esta chave abre o centro de abastecimento no setor de carnes, de imediado em chamei uma equipe de peritos investigadores da coordenadoria de Serrinha, sabe-se que várias pessoas cortam carne no local onde a chave encontrada supostamente abria a porta. Os investigadores procuraram o administrador do açougue e o mesmo informou as pessoas que podiam ter aquela mesma chave. Chamamos na Delegacia seis homens que atuam no açougue e fomos ouvindo paulatinamente um a um e deixamos a pessoa que a gente mais suspeitava que tinha cometido o crime por último, enquanto isso os investigadores realizavam a investigação na casa dele e perceberam que a fechadura da casa tinha sido trocada, ou seja, ele trocou a fechadura para despistar que uma das chaves da penca não existia”, disse a delegada.
Rosângela disse ainda que ligou para o DPT (Departamento de Polícia Técnica) solicitou do perito que realizou o trabalho na fazenda Mulungu, quando enviaram a foto do boné e que estava dando continuidade as investigações, os policias constataram que a moto Honda Bros do suspeito só funcionava com a chave que estava sendo produto de investigação. “Então, confirmada a troca da fechadura, confirmada a chave da moto e a chave compatível com a fechadura do centro de abastecimento, a gente tinha três elementos de prova, quando o convidei para ir até minha sala, depois de ter ouvido os outros açougueiros, ao sentar, ele imediatamente falou: “Não existe crime perfeito, foi eu que matei Sú” (como era conhecido a vítima).
Doutora Rosângela relatou com detalhes como o autor planejou efetivar o crime – Ouça
A delegada disse também que o suspeito afirmou ter agido sozinho, e ela acredita que ele já tinha planejado tudo, porém não levou nenhuma arma e o objeto que encontrasse pela frente para tirar a vida do vaqueiro ele usaria, e o que ele encontrou foi uma marreta e passou a golpeá-lo.
No fim da entrevista o CN perguntou a delegada se Ilário tinha revelado a motivação do crime e ela disse que sim. O autor acusava Sú de ser X9 (são pessoas conhecidas por comunicar situações a policia) e também o acusava de ter roubado gado – Ouça