Os corpos dos rifeiros Rodrigo da Silva Santos, de 33 anos, e Hynara Santa Rosa da Silva, 39, foram enterrados na tarde desta segunda-feira (12), no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador. O casal foi morto no domingo (11), em uma praia na Barra do Jacuípe, em Camaçari, município da Região Metropolitana de Salvador.
O sepultamento, que aconteceu por volta das 17h, foi restrito para familiares e amigos das vítimas. O digital influencer Rodrigo Amendoim e o vocalista da banda La Fúria, Bruno Magnata, estiveram presentes no local.
Os rifeiros ostentavam uma vida de luxo nas redes sociais com fotos em área VIP de festas, carros de luxo, viagens e proximidade com influenciadores digitais, além de músicos baianos.
O casal oferecia rifas na internet com prêmios entre R$ 6 mil e R$ 50 mil. Em um destaque fixado no Instagram de Hynara Santa Rosa, que tem 126 mil seguidores, é possível ver relatos de diversos ganhadores das rifas vendidas pelo casal.
Os ganhadores gravavam vídeos de incentivo para que mais pessoas participassem das rifas de Rodrigo da Silva e Hynara.
“Fui a ganhadora da rifa de DG e Naroka, de R$ 6 mil. Muito feliz, jogo todos os dias e uma tinha que vir. Só não ganha quem não joga”, disse uma das vencedoras.
Já no Instagram do marido dela, conhecido como DG Rifas, é possível ver que a vítima fazia lives com os sorteios.
A divulgação de promoções e venda de rifas em redes sociais é comum. No entanto, a distribuição de prêmios por meio de sorteios deve seguir uma série de regras estabelecidas pelo Ministério da Economia.
De acordo com a Lei nº 5.768, de 1971, e a Portaria nº 20.749, de 2020, a distribuição de prêmios mediante sorteio, vale-brinde, concurso ou operação semelhante por organizações da sociedade civil só pode ocorrer mediante autorização prévia do Ministério da Economia.
Para obter a autorização, é preciso enviar um pedido ao Sistema de Controle de Promoção Comercial (SCPC), de 40 a 120 dias antes da promoção.
g1/BA