Nas últimas semanas tem circulado nos grupos do aplicativo WhatsApp, no município de Valente, listas com títulos que difamam pessoas ‘aleatórias’. O que alguns observam como uma brincadeira, acarreta prejuízos morais e até geram problemas de saúde.
Segundo o Calila Noticiais apurou, as listas são intituladas de forma a desonrar a imagem das pessoas que as integram, a exemplo de ‘Homens casados com casos extraconjugais’, ‘Mulheres casadas que traem’, ‘Lista dos maus pagadores’, ‘Casos homossexuais’, entre outras.
Enquanto os jovens se divertem e até compartilham as listas, mal sabem o quanto podem estar afetando as pessoas envolvidas, não apenas moralmente, mas sobretudo causando sérios problemas de saúde, como distúrbio de ansiedade, sociofobia e depressão.
Quando identificados pela investigação policial, os autores da inserção de nomes nas listas ou do compartilhamento das mesmas em grupos de WhatsApp podem ser enquadrados no crime de Difamação, cuja pena pode chegar a um ano de detenção e multa, de acordo com o Artigo 139, do Código Penal Brasileiro. O crime de difamação pode gerar ainda indenização, quando os identificados forem acionados, também, na esfera cível.
Boletins de ocorrência podem ser registrados na Delegacia de Polícia Civil, que uma vez lavrado o B.O., iniciará a investigação criminal, intimando pessoas identificadas nos grupos de WhatsApp em que tais listas circularam e ouvindo testemunhas.
Um escritório de advocacia do município de Valente ouvido por nossa redação, cuja identificação fora requerido o sigilo, com vistas a não atrapalhar a colheita de provas, assegura que já conta com dezenas de prints (capturas de telas) de grupos do aplicativo, onde já é possível identificar usuários que tanto inseriram nomes como também compartilharam para outros grupos, as listas.
“Ao que parece, as pessoas ainda não compreenderam o estrago que _fake news_produzem, e o quanto a justiça brasileira está atenta à produção e compartilhamento dos crimes virtuais, e que cada vez menos esses delitos passam despercebidos ou impunes aos olhos da lei. Vamos cobrar das autoridades a identificação dos autores”, disse a fonte.